segunda-feira, 15 de outubro de 2007

A bruxa

E a culpa ainda é da bruxa,

pobre coitada, só está a voar,

em sua vassoura mágica, daqui pra lá,

voa ligeira sem pensar em parar.





Olha seu nome sendo usado em vão,

são tantas que aprontam e como cão sem dono segue o povo,

escolhem errado sem pensar no retorno da opção e pronto,

colocam a culpa na bruxa que quer mesmo é voar de novo.





Matam e roubam, tornam a matar os que nunca viveram,

copiam e plagiam, recriam no mal o que foi construído no bem,

soltam o veneno tentando corromper a todos e, como erva daninha,

cresce em meio ao trigo sem perceber que prejudica a si também.





Lá vai a bruxa, onde é mesmo que foi parar?

De boca em boca, vai remexendo o caldeirão, pobre da danada,

nem sabe ao certo o ponto que liga a massa

do bom e bocado que transforma em moça a velha cansada.





Que a bruxa voe sempre, deixem seu nome pra lá,

ela merece descansar, afinal carrega a culpa de muitos

que não assumem os seus ditos, tentam demolir o que foi construído

e deixam com a bruxa o peso de seus males gratuitos.

Sem comentários: