segunda-feira, 22 de outubro de 2007

COMUNHÃO...

Chorem almas comportadas que recebem na carne o fel glacial,
Sente o infinito universal ao teu manto pesado o martírio de dor,
Abrem -se as portas majestosas este limiar de súplica mortal,
Sedes amigos do tempo imutável, do sentimento sabedor...

Secretem o lacre vertente incrustado aos guerreiros,
Selem as verdades adicionadas de prantos ávidos exauridos,
Lembrem-se do porvir de bênçãos acarinhados aos herdeiros,
Do legado do amor, dos lamentos ofertados perpetuado e esculpido.

Esqueçam o nome da filha maligna das dores feiticeira,
Vare de teus dias as insônias da paixão,
Agarra-te firmemente aos ideais por lutas verdadeiras,
Tuas penas têm contornos do Amor dos que se dão...

Deste meu Amor que deseja oferta-lhe o colo macio,

Deixem-me entrelaçar meus dedos em seus cachos,
deixem-me secar com meus beijos vossas lágrimas,
deixem-me lutar em vossas muralhas como combatente da ingratidão,

deixem-me caminhar em teu sofrimento e aplacar sua dor,
Deixem-me invadir tuas marcas mais profundas, as marcas dos cristais,
De lá retirar os extratos da sabedoria, do esquecimento e do perdão,

Deixem-me, por fim, meus amados, percorrer-lhes o espírito docemente e replantar lá em vossos corações as sementes do Amor perdido...
e, tão somente, dizer-vos:
EU vos Amo!!!

"Sabiam"?

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