sábado, 13 de outubro de 2007

ENTARDECER À NOITE

Nada como das cores as nuances dum entardecerAs bambinelas penduradas, na sacada dum gosto,Sentir a brisa no rosto a janela que faz estremecer Ver o rio correr como do vinho o melífluo do mosto

Esparsadas, as nuvens, são de algodão, a solfejarCantigas de amor ao sol que se põe, diminutivo deUm dia que se fez rei, quando o zénite era d´ corar As roupas estendidas nos varais quando o vento lê

O livro da vida não se fazendo rogado d´seu poderNem de sua importância insofismável, que, a tudo,Comanda cá de longe como a um qualquer viril ser

Nisto a noite já vai alta como sombras de mil gatos E a lua estremecendo e agonizando no seu mundoParece querer mostrar a cor cinza de alguns ratos.

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