sábado, 9 de fevereiro de 2008

Desconhecido

Por jardins peregrinei, flores semeei.
Por vezes, algumas, escondiam espinhos que me feriram profundamente.
Estes espinhos que marcam a alma e ferem com tal dimensão que nos faz sentir pequenos e grandes; pequenos por termos sido feridos, e, grandes por conseguirmos suportar a tal dor.
Hoje, entre outros caminhos, prossigo a escrever minha história.
A princípio começo sozinho, mas, logo ali, sei que alguém me espera, e aí, mais um destes desafios em que a gente chega a sentir medo de ser ferido novamente.
Mas o que é a vida senão esta grande marca do incerto?
De algo que, por vezes, passamos a descobrir só lá mais adiante? Só depois de realmente termos feito algo?
Assim, como os pássaros que nos oferecem o canto e até semeiam campos despercebidos, por vezes, passam em nosso dia a dia.
Vou prosseguir sempre, com a certeza de que, mesmo que me machuque, terá valido a pena tentar.
Afinal, seria eu covarde ao dar as costas ao futuro? ...
Se lá poderá estar o bálsamo de minha alma, o acalento de meu coração?

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