quarta-feira, 23 de abril de 2008

ZELO DO BEM

E qual é aquele que vos fará mal, se fordes zelosos do bem?" - (Pedro,
3:13)


Temer os que praticam o mal é demonstrar que o bem ainda não se nos radicou
na alma convenientemente

A interrogação de Pedro reveste-se de enorme sentido.

Se existe sólido propósito do bem nos teus caminhos, se és cuidadoso em sua
prática, bem mobilizará tamanho poder para anular as edificações de Deus?

O problema reside, entretanto, na necessidade de entendimento. Somos ainda
incapazes de examinar todos os aspectos de ima questão, todos os contornos
de uma paisagem 0 que hoje nos parece a felicidade sal pode ser amanhã cruel
desengano. Nossos desejos humanos modificam-se aos jorros purificadores da
fonte evolutiva. Urge, pois, afeiçoarmo-nos à Lei Divina, refletir-lhe os
princípios sagrados e submeter-nos aos Superiores Desígnios, trabalhando
incessantemente para o bem, onde estivermos.

Os melindres pessoais, as falsas necessidades, os preconceitos
cristalizados, operam muita vez a cegueira do espírito. Procedem daí imensos
desastres para todos os que guardam a intenção de bem fazer, dando ouvidos,
porém, ao personalismo inferior.

Quem cultiva a obediência ao Pai, no coração, sabe encontrar as
oportunidades de construir com o seu amor.

Os que alcançam, portanto, a compreensão legítima não podem temer o mal.
Nunca se perdem na secura da exigência nem nos desvios do sentimentalismo.
Para essas almas, que encontraram no intimo de si próprias o prazer de
servir sem indagar, os insucessos, as provas, as enfermidades e os
obstáculos são simplesmente novas decisões das Forças Divinas, relativamente
à tarefa que lhes dizem respeito, destinadas a conduzi­Ias para a vida
maior.

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