sexta-feira, 18 de julho de 2008

POR ONDE FORES

Procura ver, além das formas, e ouvir acima das palavras, a fim de que aprendas a auxiliar.



Sob o espinheiro da irritação de um amigo, estará provavelmente um problema doloroso que desconheces.



Na base da resposta contundente de interlocutor determinado, a quem pediste cooperação e bondade, se esconde profundo pesar, prestes a se exprimir em aguaceiro de lagrimas.



No fundo da agressividade imprevista de um companheiro, do qual esperavas a frase consoladora que te arredasse das próprias inquietações permanece talvez um sofrimento maior que o teu.



E nas vozes que te pareçam inconvenientes, por demasiado extrovertidas e inoportunas, possivelmente se ocultam telas de angustia que, se expostas de improviso, te gelariam o coração.



Atende as tarefas que a vida te reservou e, sobretudo, empenha-te a entender, a fim de não reprovar.



No plano Terrestre, os chamados felizes suportam responsabilidades que se lhes afiguram algemas de cativeiro e muitos daqueles apontados por detentores de privilégios são criaturas chamadas à sustentação das atividades de outras muitas, trabalhando numa cela dourada por fora, mas encharcada por dentro pelo pranto da solidão.



Segue na estrada dos deveres que te foram assinalados, abençoando e amando sempre.



No mundo, somos todos viajores ante as rotas do tempo, em busca de aperfeiçoamento espiritual.



As tribulações que hoje marcam a senda dos outros, amanha talvez sejam também nossas.



Reflete na Bondade Infinita de Deus e caminha.



Por onde fores, carrega contigo a benção do entendimento e a luz da compaixão.

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