segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Samaritanos e Nós

Quem de nós não terá caído, alguma vez, em abandono ou penúria, aflição, amargura,
engano ou perturbação?
À face disso, para nós o samaritano da bondade - a criatura que nos reergue ou reanima
- será sempre aquela pessoa:
que nos acolhe nos dias de tristeza com a mesma generosidade com que nos abraça nos
instantes de alegria;
que nos estima, assim tais como somos, sem reclamar-nos espetáculos de grandeza, de um
dia para outro;
que nos levanta do chão das próprias quedas para o regaço da esperança, sem cogitar de
nossas fraquezas;
que nos alça do precipício da desilusão ao clima do otimismo, sem reprovar-nos a
imprevidência;
que nos ouve as queixas reiteradas, rearticulando sem aspereza o verbo da paciência e
da compreensão;
que nos estende essa ou aquela porção dos recursos de que disponha, em favor da solução
de nosso, problemas sem pedir relatório de nossas necessidades e compromisso;
que nos oferece esclarecimento, sem ferir-nos o brio;
que nos ilumina a fé, sem destruir-nos a confiança;
que se transforma em harmonia e concurso fraterno, seja em nossa casa, ou no grupo de
serviço em que trabalhamos;
que se converte no cotidiano em apoio e cooperação, sem exigir-nos tributos de
reconhecimento; que por fim, se transubstancia, em nosso benefício em luz e
consolação, ampara e bênção.
Detenhamo-nos a pensar nisso e lembrando reconhecidamente, quantos se nos fazem
samaritanos do auxílio e da bondade, nas estradas da existência recordemos a lição de
Jesus e, diante dos outros sejam eles quem sejam, façamos nós o mesmo.

Sem comentários: