terça-feira, 17 de março de 2009

Tempos de janela

A raiva formou uma espuma,
inundou a boca do revoltado, que se engasgou,
uma dor no peito passou fisgando, o ar faltou,
tudo por uma única coisa: ele quertia ter razão.
Sempre, em qualquer discussão, ele era o certo,
ele era o que sabia tudo, menos quando parar.
E ali estava a vida ensinando, o ataque cardíaco,
foi uma das ferramentas, da Sábia Mestra, a Vida.
Para ensinar uma única verdade,
"discussões são lareiras que nunca se apagam,
alimentadas pelo orgulho dos que não cedem."

Olhai os lírios nos campos...
eles continuam lá, sem fiar nem tecer,
mas ainda são os mais belos, os mais bem vestidos.
E você?
Corre atrás do quê?
Qual é a roupa que vai te fazer feliz?
Qual é o sapato que vai contentar a sua alma?
Qual o celular mais moderno que vai te igualar aos "amigos"?
Quem vai aparecer mais nesta semana?
Que competição é essa que entramos?

Olhai os pássaros do céu:
eles não semeiam, não colhem, nem juntam em armazéns.
No entanto, o Pai que está no céu alimenta-os.

Onde você quer chegar?
O que tanto quer acumular?
Quantas línguas quer falar?
Quantos diplomas vai juntar?
E quando tudo acabar,
onde vai guardar?

É tempo de reflexão, de voltar ao simples,
de olhar para a janela e ver o tempo,
apreciar o sol que aquece, a chuva que faz florescer.
Ter tempo para o mais importante,
e o mais importante, ainda é você.
Se cuide!

Eu acredito em você

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