Um exotismo existe que ameaça as fileiras espíritas sem ser qualquer das excentricidades que aparecem no movimento doutrinário, à conta de extravagância marginal.
Disparate talvez pior, porquanto, se nas atividades paralelas ao caminho real da idéia espírita somos impelidos a reconhecer muita gente caracteristicamente sincera nas intenções louváveis, nessa outra esquisitice vamos encontrar para logo a máscara de atitudes e maneiras, em desacordo com os princípios arejados da Nova Revelação.
Reportamo-nos ao esnobismo que comparece, muita vez, em nossas formações, qual praga enquistada em plantação valiosa.
Companheiros que se deixam vencer por semelhante prejuízo fornecem em pouco tempo os sinais que lhe são conseqüentes.
Continuam espíritas e afirmam-se espíritas, mas começam afetando possuir orientação de natureza superior, passando a excessiva admiração pelas novidades em voga. E, desprevenidamente, sem maior atenção pelos ensinos da Doutrina que abraçam, cristalizam despropósitos no modo de ser.
Habitualmente, apaixonam-se por exterioridades sociais e escolhem classe determinada para freqüentar.
Isolam-se em grupo segregacionista, conquanto, se suponham representantes da mais alta ortodoxia em matéria de opinião.
Acreditam muito mais em títulos transitórios do academicismo e em facilidades econômicas do que no valor substancial das pessoas.
Estimam espetáculos acima de serviço, e evidenciam apreço além do que é justo aos medalhões do mundo, à medida que se fazem mais distantes e envergonhados de quaisquer relações com os humildes.
Estão sempre a ordenar no trabalho em assuntos de organização, horário, local e condições, sem permitir que o trabalho os comande nas disposições e disciplinas com que foi estabelecido.
Nas obras de beneficência, tratam irmãos em penúria como se fossem párias sociais, ao passo que se inclinam reverentes perante qualquer figura de relevo mundano de mérito duvidoso.
Nós, os espíritas, tratam desencarnados e encarnados, devemos estar de sentinela contra semelhante absurdo.
O esnobismo — repitamos — é parasito destruidor da árvore de nossos princípios e realizações.
Vigiemo-nos. Imitemos o lavrador correto que zela pela própria lavoura, e, se o esnobismo surge, sorrateiro, em nossas atividades, procuremos, de imediato, dar o fora com ele.
domingo, 17 de fevereiro de 2008
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