“Pois na cidade de David, nasceu hoje o Salvador, que é Cristo, o Senhor”. — Lucas:- 2-11
A palavra do Anjo aos pastores continua vibrando sobre o mundo, embora as sombras densas que envolvem as atividades dos homens.
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Como aconteceu, há dois mil anos, a Espiritualidade anuncia que nasceu o Salvador.
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Onde se encontram os que desejam a luminosa notícia?
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Nas cidades e nos campos, há multidões atormentadas, corações inquietos, almas indecisas.
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Muita gente pergunta pela Justiça do Céu.
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Longas fileiras de criaturas procuram os templos da fé, incapazes, porém, de ouvir o anúncio Divino.
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A família cristã, em grande parte, experimenta a incerteza dos mais fracos.
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Muitos discípulos cuidam somente de política, outros apenas de intelectualismo ou de expressões sectárias.
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Entretanto, sem que o Cristo haja nascido na “terra do coração”, a política pode perverter, a filosofia pode arruinar, a seita é suscetível de destruir pelo veneno da separatividade.
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A paisagem humana sempre exibiu os quadros escuros do ódio e da desolação.
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No longo caminho evolutivo, como sempre, há doentes, criminosos, ignorantes, desalentados, esperando a Divina Influência do Mestre.
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Muitos já ouviram ou pregaram as mensagens do Evangelho, mas, não desocuparam o coração para que Jesus os visite.
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Não renunciaram às cargas pesadas de que são portadores e, cedo ou tarde, dão a prova de que, nos serviços da fé, não passaram de ouvintes ou transmissores.
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No íntimo, não obstante a condição de necessitados, guardam, ciosamente, o material primitivista do “homem velho”.
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Esquecem-se de que Jesus é o amigo renovador, o Mestre que transforma.
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Os séculos transcorrem. As exigências de cada homem sucedem-se no caminho terrestre.
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E a Espiritualidade continua convidando as criaturas para as esferas mais altas.
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Bendito, assim, todo aquele que puder ouvir a voz do anjo que ainda se dirige aos simples de coração, sentindo entre as lutas terrestres, que o Cristo nasceu hoje no país de sua alma.
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