Não lamentes as dores que carpes nos demorados dias da tua existência terrestre.
A revolta, em não resolvendo o problema, mais o aguça.
A tristeza, não conseguindo alterar a questão, torna-a mais sombria.
A depressão, não logrando equacionar a situação, mais desarticula as resistências.
A mágoa, não modificando a circunstância, faz-se ácido que adiciona aflições às dores existentes.
A angústia, não diminuindo os fatores que propiciam os sofrimentos, mais os agravam...
Essa aflição profunda que se inicia nos refolhos da alma e para a qual não se encontram consolos; a soledade que obriga a marchar entre as criaturas, anelando por companhia e ternura; o suceder de infortúnios que parecem sem termo; a ocorrência de enfermidades causticantes, não têm nascente na atualidade corporal; procedem das existências anteriores, que a reencarnação situa na estrada da evolução para disciplinar os infratores e educar os aprendizes negligentes.
A caminhada atual continua o curso que a morte interrompeu, antes que fosse culminada na felicidade.
A soma das necessidades que tisnam a alegria de viver e as sombras das ansiedades mal sopitadas que escurecem o claro sol da esperança constituem a quota disciplinante para o processo de evolução porque todos Espíritos passam através dos tempos.
Não invejes a aparente alegria dos outros. Desconheces o que lhes ocorre no mundo íntimo, bem como a quota de sacrifício que pagam para dissimular as próprias dores.
Jesus te concede a dadivosa oportunidade de crescimento para a Vida, apesar dos metidos de que a Vida se utiliza...
Agradece a ocasião e diminui as próprias necessidades, minimizando as do próximo.
Evita descarregar tua sanha em quem te cerca, nos que convivem contigo, antes, faze o melhor, vencendo tua prova e não adiando o teu momento de glória e de paz.
Sorve, alma irmã, a tua taça de provações, com o júbilo de quem, consciente das Leis, atravessa um período difícil apoiado na certeza de que virá um outro, porém, de bênçãos.
Quando hajas cumprido com os teus deveres todos, a Morte te recambiará de volta ao Grande Lar onde já não experimentarás qualquer dor ou desespero algum.
Vive intensamente a tua hora com os olhos postos no amanhã da vida e segue adiante pelo roteiro que traçaste com os teus atos passados, projetando as diretrizes mestras do porvir ditoso.
Alma da dor, solidária e triste, sai da jaula em que te aprisionas, embora digas que ali foste encarcerada, e abre a porta da liberdade com a disposição abençoada da ventura que te espera e deves atingir.
Além destes limites há infinito e beleza, se te resolveres por alcançá-los desde agora.
Avança, encorajada e, amando, sacrifica o egoísmo para que a plenitude do bem te domine em definitivo.
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