quarta-feira, 2 de julho de 2008

ESPERANÇA

Como aragem dos Céus Ele chegou à Terra e vestiu de esperança os corações.

Escravos da criminalidade arrebentaram algemas poderosas e levantaram-se para a virtude com o auxílio dEle.

Atormentados de todos os matizes recuperaram a paz e rumaram confiantes graças ao socorro dEle.

Mulheres esmagadas pelo preconceito e espezinhadas em toda parte recuperaram o valor íntimo ao chamado dEle.

Crianças desvalidas e sofredoras ergueram-se para a vida, ouvindo a voz dEle.

Homens violentos e impiedosos adoçaram o coração diante dEle.

Senhores e servos, esposos e filhos, adversários e infelizes, doentes e estigmatizados pela aflição se renovaram para a vida, reunindo-se numa família depois dEle.

E as gerações do futuro abriram caminhos novos para o amor fascinadas pela vida dEle.

Ele era a Esperança e fez-se Vida.

Desdenhou os que renteavam com o poder, vinculados à posse, mas não os esqueceu, oferecendo-lhes oportunidades no seu Reino.

Esteve nas vizinhanças da opulência e contemplou os laureados da vida física sem subserviência nem submissão, ensejando-lhes a mensagem redentora.

Mas, Ele mesmo vestiu a túnica da humildade, calçou as sandálias da pobreza total e construiu com os instrumentos do amor perfeito e da dedicação absoluta uma Era inolvidável que o tempo não consome nem a Humanidade esquece...

Foi supliciado e permaneceu confiante.

Esteve afligido e demorou-se confiante.

Ficou abandonado e continuou confiante.

Morto e ressurgido como claro Sol depois de noite espessa, voltou confiante à Vida.

Por isso Ele é a esperança.

Enquanto vibram no ar velhas baladas e cantam nos corações doces melodias, vestindo a Terra de alegrias com a evocação do Natal de Jesus, a face da dor espia, e o alquebrado corpo da aflição contempla os que passam no carro festivo da ilusão, carregando sonhos e sobraçando enganos...

... Esperam que, na data feliz, você se volte para eles, também seus irmãos, antes que se encaminhe para a mesa lauta ou dilate excessos para os que privam do aconchego da sua família.

São meninos humildes, que o calor do desespero queima...

São mulheres anônimas, que o abandono vence...

São homens sofredores, que a miséria aniquila...

São corações e mentes já sem esperança, que se renovam, na expectativa emocionante do Natal, e aguardam...

Se a musicalidade envolvente do Sublime Nascimento encontra acústica nos seus ouvidos, vibrando a mensagem de amor e paz para a Terra, dilate a emoção e siga até esses para quem Ele veio, cantando-lhes com feitos a melodia que lhe chega e fazendo-os felizes pelos menos por um momento.

O Natal de Jesus é perene esperança que se repete cada ano e todo ano, vestindo corações com a festa de bênçãos e amor para as cansadas emoções do homem na Terra angustiada.

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