terça-feira, 31 de março de 2009

O Senhor é o meu Pastor e nada me faltará"

( Livro dos Salmos 23:1)



Este é um dos versículos bíblicos mais famosos e repetidos no mundo inteiro; encorajador, consolador, é a certeza e a confiança de que Deus mandará as provisões necessárias à nossa subsistência – material e espiritual. Apesar de simples, contém um indispensável pressuposto e uma declaração tácita da Soberania divina.

Quando dizemos "o Senhor é o meu Pastor", estamos declarando uma relação de bilateralidade: Ele é o meu Pastor e eu sou Sua ovelha, ou seja, apenas aqueles que professam o Senhorio absoluto de Deus sobre suas vidas podem declarar o "nada me faltará". Precisamos estar seguros nas mãos do nosso Redentor – Jesus Cristo -, para legitimar a assertiva.

A última parte do versículo pode dar margem a interpretações errôneas. "Nada me faltará" não significa, em momento algum, que Deus nos fará ricos e prósperos; como Seus filhos, passaremos por aflições, mas teremos sempre ajuda do Alto. Só em Jesus podemos descansar em meio às tempestades. "Portanto, não vos inquieteis, dizendo: Que comeremos? Que beberemos? Ou: com que nos vestiremos? (...) pois vosso Pai celeste sabe que necessitais de todas elas [estas coisas];" (Mateus, 6.31, 32b).

Tudo o que temos – cônjuge, filhos, moradia, emprego, saúde, irmãos, a Igreja, etc. – pertence ao Senhor, sem exceção. Se somos agraciados com essas coisas, é preciso compreender que também há a contrapartida, isto é, devemos administrá-las com zelo, responsabilidade e amor, visto que não nos pertencem; somos meros administradores. Não devemos nos preocupar se a situação dos outros é mais favorável que a nossa, pois é um ledo engano acreditar no que o olho humano vê.

Pela fé, enxergamos com olhos águia; por ela devemos seguir, e por ela somos mais que vencedores. "De fato, sem fé é impossível agradar a Deus, porquanto é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que Ele existe (...)" (Hebreus, 11:6).

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