“Vós sois deuses” (1), disse o Mestre de Nazaré, referindo-se à nossa condição de seres imortais.
“Podeis fazer tudo que faço e muito mais”(2), acrescentou ainda.
Recordamos-lhe a vida e o vemos andando pelas estradas, atendendo o povo, sem cansaço.
O povo, a sua paixão. Onde se manifestasse a dor, ei-lo a espalhar o consolo.
Ele adentra Naim e, deparando-se com um féretro que levava ao sepulcro um corpo jovem, compadece-se da mãe em prantos.
Estanca o passo dos homens e ordena ao moço que se erga, devolvendo-o à mãe, agora em júbilo.
Ele convive com a má-vontade e a ignorância dos homens. Ouve as perguntas, tolas por vezes, que lhe são dirigidas e as responde, elucidando.
Vai à casa dos apontados como corruptos, serve-se do momento para ensinar o bem, sem conspurcar-se.
Ergue a mulher equivocada de Magdala, convidando-a a reformulação íntima.
Recebe-lhe as demonstrações de carinho e ternura, mas insiste no convite à mudança de atitude.
Imparcial, sempre. Sereno, também.
Devolve a vista ao cego de nascença e lhe recomenda nada dizer a ninguém.
Como se pudesse o beneficiado deter a alegria de que se revestiu.
Liberta o homem de Gadara da legião de espíritos infelizes que o atormentavam.
Aponta diretrizes renovadas à mulher, na fonte, e lhe possibilita o crescimento espiritual.
Da virtude que emana de seu espírito oferta a cura ao problema hemorrágico da mulher das distantes terras de Cesaréia de Felipe.
Entra, triunfante, em Jerusalém, sem, no entanto, prender-se às efêmeras manifestações de júbilo com que o recebe o povo.
“Podeis fazer muito mais...”
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