quinta-feira, 5 de agosto de 2010

SÃO JOÃO MARIA VIANNEY

De origem pobre e humilde, João Maria Vianney nasceu em Dardilly, perto de Lyon, na França, pouco antes de irromper a Revolução Francesa, em 1786.
No batismo, recebeu o nome de João, ao qual acrescentou o de Maria por especial devoção à Virgem Maria; no entanto, é universalmente conhecido como o Santo Cura D’Ars, pequena aldeia, onde exerceu seu ministério pastoral, por mais de 40 anos.
Quando jovem, teve complicações com o serviço militar durante o império napoleônico, pelo que teve que viver escondido, exposto a graves perigos, cerca de dois anos.
Desde pequeno, queria ser padre a todo o custo, mas esbarrou em dois obstáculos: pobreza, e sobretudo a escassa inteligência.
Com vinte anos, entrou no seminário, mas foi demitido por falta de inteligência.
O estudo de latim parecia superar sua capacidade.
Insiste para entrar na Congregação dos Irmãos das Escolas Cristãs, mas não é admitido pelas mesmas razões.
Finalmente, quando parecia um caso perdido, seu antigo vigário que lhe conhecia as altas virtudes de piedade, pureza e sacrifício, aceitou prepará-lo em particular e conseguiu convencer o Bispo a que o ordenasse sacerdote, comprometendo-se a orientá-lo no campo da doutrina e da pastoral por mais três anos.
Vianney tinha 32 anos, quando o Arcebispo de Lyon lhe confiou o pastoreio da aldeia de Ars, que contava uns 300 habitantes.
Ars já tinha sido paróquia, mas a Revolução Francesa a reduzira à capelania anexa a Misérieux. O povo contudo sempre chamou Vianney de cura (pároco).
Ao chegar nosso santo, Ars, era um lugar sem religião: a Igreja sempre deserta; o povo não freqüentava os sacramentos; o domingo era profanado; as únicas promoções eram os bailes e os cabarés. “Que vou fazer aqui?”, disse o santo cura ao constatar a triste situação religiosa. “Neste meio, tenho medo de me perder!”
Mas ele era um santo! Não desanimou. Fixou sua residência na Matriz e se entregou a uma vida de intensa oração e penitência pela conversão de seus paroquianos.
Desde a manhã até à noite avançada, com pequenas interrupções, ficava de joelhos diante do altar do Santíssimo Sacramento.
Não tinha empregada; ele próprio preparava as frugalíssimas refeições, assim como atendia ao serviço de limpeza da casa e da Igreja.
“O curioso é que aquele humilde pastor de aldeia, pobre, penitente, de inteligência pouco brilhante, atraiu aos poucos milhares e milhares de pessoas de fora.
Seu confessionário começou a ser assediado dia e noite, de modo que o padre não tinha tempo de se alimentar nem de descansar.
Foi essa a ocupação principal dos seus últimos anos de vida.
O que iam buscar em Ars tantos peregrinos da França e da Europa?
Certo romeiro respondeu: “Vi Deus num homem!”
Os poderes públicos tiveram que providenciar a construção de uma estrada de ferro para levar os peregrinos à humilde aldeia de Ars!”
João Maria Vianney faleceu consumido pelo rigor da penitência, na idade de 73 anos.

A Igreja o proclamou patrono dos Padres!

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