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quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

O Tempo

?Muitas vezes
nossa consciência
motiva recuerdos
e faz com que o coração
sinta por fatos que marcaram
e não retornam jamais,
mas o que fazer?
Nem sempre podemos
escolher os momentos
que nos aparecem,
podemos sim vivê-los
um de cada vez
e procurar viver
com a maior intensidade possível,
pois,
o passado já aconteceu,
o presente não existe
e o futuro é um talvez?

sábado, 14 de novembro de 2009

EDUCAR

Educar é mostrar a vida a quem ainda não a viu.
O educador diz: "Veja!" - e, ao falar, aponta.
O aluno olha na direção apontada e vê o que
nunca viu. Seu mundo se expande. Ele fica mais rico interiormente...
E, ficando mais rico interiormente, ele pode sentir mais alegria e dar
mais alegria - que é a razão pela qual vivemos.

Já li muitos livros sobre psicologia da
educação, sociologia da educação, filosofia da educação -
mas, por mais que me esforce, não consigo me
lembrar de qualquer referência à educação do olhar ou à importância do
olhar na educação, em qualquer deles.

A primeira tarefa da educação é ensinar a
ver. É através dos olhos que as crianças tomam contato com
a beleza e o fascínio do mundo. Os olhos têm
de ser educados para que nossa alegria aumente.

A educação se divide em duas partes: educação
das habilidades e educação das sensibilidades. Sem a educação das
sensibilidades, todas as habilidades são tolas e sem sentido. Os
conhecimentos nos dão meios para viver. A sabedoria nos dá razões para
viver.

Quero ensinar as crianças. Elas ainda têm
olhos encantados. Seus olhos são dotados daquela qualidade que, para
os gregos, era o início do pensamento:... a capacidade de se assombrar
diante do banal. Para as crianças, tudo é espantoso: um ovo, uma
minhoca, uma concha de caramujo, o vôo dos urubus, os pulos dos
gafanhotos, uma pipa no céu, um pião na terra. Coisas que os eruditos
não vêem.

Na escola eu aprendi complicadas
classificações botânicas, taxonomias, nomes latinos - mas esqueci. Mas
nenhum professor jamais chamou a minha atenção para a beleza de uma
árvore ou para o curioso das simetrias das folhas. Parece que, naquele
tempo, as escolas estavam mais preocupadas em fazer com que os alunos
decorassem palavras que com a realidade para a qual elas apontam.

As palavras só têm sentido se nos ajudam a
ver o mundo melhor. Aprendemos palavras para melhorar os olhos. As
palavras só têm sentido se nos ajudam a ver o mundo melhor. Há muitas
pessoas de visão perfeita que nada vêem. O ato de ver não é coisa
natural. Precisa ser aprendido. Quando a gente abre os olhos, abrem-se
as
janelas do corpo, e o mundo aparece refletido
dentro da gente.

São as crianças que, sem falar, nos ensinam
as razões para viver. Elas não têm saberes a transmitir. No entanto,
elas sabem o essencial da vida. Quem não muda sua maneira adulta de
ver e sentir e não se torna como criança jamais será sábio.

As crianças não têm idéias religiosas, mas
têm experiências místicas. Experiência mística não é ver seres de um
outro mundo. É ver este mundo iluminado pela beleza.

sábado, 13 de dezembro de 2008

A primeira tarefa

“A primeira tarefa da
educação é ensinar a ver.
É através dos olhos que as
crianças tomam contato com
a beleza e o fascínio do mundo.
Os olhos têm de ser educados
para que nossa alegria aumente.”

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

O nascimento

"O nascimento do pensamento é igual ao
nascimento de uma criança: tudo começa
com um ato de amor.
Uma semente a ser depositada no ventre vazio.
E a semente do pensamento é o sonho.
Por isso os educadores, antes de serem
especialistas em ferramentas do saber,
deveriam ser especialistas em amor:
intérpretes de sonhos."

domingo, 7 de dezembro de 2008

Estou semeando as sementes

"Estou semeando as sementes da minha mais alta esperança.
Não busco discípulos para comunicar-lhes saberes.
Os saberes estão soltos por aí, para quem quiser.
Busco discípulos para neles plantar minhas esperanças."

terça-feira, 25 de novembro de 2008

A alma

"A alma é uma música.
Além de todos os ruídos,
além de todo falatório,
quando chega ao silêncio,
quando se faz o vazio,
ali então se ouve a música
que mora nesse instrumento
que se chama corpo."

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

A alma é uma música

"A alma é uma música.
Além de todos os ruídos,
além de todo falatório,
quando chega ao silêncio,
quando se faz o vazio,
ali então se ouve a música
que mora nesse instrumento
que se chama corpo."

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Compreendi

"Compreendi que a vida não é uma
sonata que, para realizar sua beleza,
tem que ser tocada até o fim.
Dei-me conta, ao contrário, de que a
vida é um álbum de minissonatas.
Cada momento de beleza vivido e
amado, por efêmero que seja,
é uma experiência completa que
está destinada à eternidade.
Um único momento de beleza e
de amor justifica a vida inteira."

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Quero viver

"Quero viver enquanto estiver
acesa em mim a capacidade
de me comover
diante da beleza.
Essa capacidade de sentir
alegria é a essência da vida."

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Platã

" ... Platão,quando não conseguia dar
respostas racionais,inventava mitos.
Ele contou que, antes de nascer, a alma
contempla todas as coisas belas do
Universo.
Essa experiência foi tão forte que todas
as infinitas formas de beleza do
Universo, ficam eternamente gravadas na
alma.
Ao nascer nos esquecemos delas.
Mas não as perdemos.
A beleza fica em nós adormecida
como um feto ..."

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Perdão

"...pois perdão, longe de ser um
sentimento na alma,
é um jeito de pôr um fim
às armadilhas do passado...
O passado é sempre uma gaiola.
É preciso esquecer para
desatar os nós que, no passado,
amarramos para toda a eternidade.
Grande perdão, grande esquecimento:
Podemos voar de novo, livres..."

sábado, 4 de outubro de 2008

A alegria

"A alegria é um pássaro que só
vem quando quer.
Ela é livre.
O máximo que podemos fazer
é quebrar todas as gaiolas
e cantar uma canção de amor,
na esperança de que ela nos ouça."

Se eu pudesse viver minha vida novamente

Minha infância foi uma infância feliz.

Vivi anos de pobreza.

Mas não tenho desses anos nem uma memória triste.

As crianças ficam felizes com pouco coisa.

Não era preciso dizer os nomes dos deuses nem eu os sabia.

O sagrado aparecia, sem nome, no capim, nos pássaros, nos riachos, na chuva, nas árvores, nas nuvens, nos animais.

Isso me dava alegria!

Como no paraíso...

No paraíso não havia templos.

Deus andava pelo jardim, extasiado, dizendo:

"Como é belo! Como é belo!"

A beleza é a face visível de Deus.

Menino, o mundo me era divino e sem deuses.

Talvez seja essa a razão por que Jesus disse que era preciso que nos tornássemos crianças de novo, para ver o paraíso espalhado pelo terra.

sábado, 27 de setembro de 2008

Somos donos de nossos atos

Somos donos de nossos atos,
Mas não somos donos de nossos sentimentos;
Somos culpados pelo que fazemos,
Mas não somos culpados pelo que sentimos;
Podemos prometer atos,
Não podemos prometer sentimentos...
Atos são pássaros engaiolados
Sentimentos são pássaros em vôo".

sábado, 23 de agosto de 2008

GAIOLA?

Há as feitas com ferro e cadeados.
Mas as mais sutis são feitas com desejos.
Esquisito o que vou dizer: a alma é uma biblioteca.
Nela se encontram as estórias que amamos.
Romeu e Julieta, Abelardo e Heloisa, O paciente inglês, As pontes de Madison, Amor nos tempos do cólera, A menina e o pássaro encantado.
As estórias que amamos revelam a forma do nosso desejo.
Delas, escolhemos uma.
É a nossa gaiola. Gaiola na mão, saímos pela vida à procura do nosso Pássaro.

Quando imaginamos havê-lo encontrado...
Que felicidade! Ficará feliz em nossa gaiola.
Será o amante da nossa estória de amor: eu para você, você para mim... Nós o colocamos lá dentro e pedimos que nos cante canções de amor.
Acontece que o Pássaro também tinha a sua estória.
E era outra. Todo Pássaro deseja voar.
Ele bate suas asas contra as grades, suas penas
perdem as cores e o seu canto se transforma em choro.
E, de repente, ele se transforma.
Não mais o reconhecemos.
É um outro.
Essa é a razão por que a dor da paixão satisfeita é muito maior.
Contada assim, a estória parece ter um vilão e uma vítima.
A verdade é que os dois são vilões, os dois são vítimas.
O desejo da gente é sempre engaiolar o outro e levá-lo pelos caminhos que são nossos.
Isso vale para tudo: marido-mulher, pai-filha, mãe-filho, patrão-empregado, professor-aluno...
Não admira que Sartre tenha dito que "o inferno é o outro".
Não haverá uma saída.
Lembro-me de um pequeno poema de Pearls que sugere a possibilidade de uma relação sem gaiolas:
Eu sou eu.
Você é você.
Eu não estou neste mundo para atender às suas expectativas.
E você não está neste mundo para atender às minhas expectativas.
Eu faço a minha coisa.
Você faz a sua.
E quando nos encontramos
É muito bom.

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Concerto para Corpo e Alma...

Compreendi, então,
que a vida não é uma sonata que,
para realizar a sua beleza,
tem de ser tocada até o fim.

Dei-me conta, ao contrário,
de que a vida é um álbum de mini-sonatas.

Cada momento de beleza vivido e amado,
por efêmero que seja,
é uma experiência completa
que está destinada à eternidade.

Um único momento de beleza e amor
justifica a vida inteira.

sábado, 12 de abril de 2008

BOM DIA/12/04

O apaixonado sofre menos com a morte da pessoa amada que com a sua partida para um novo amor. A morte eterniza o amor. Ela fixa, para sempre, a bela cena. A partida, ao contrário, destrói.

sábado, 5 de abril de 2008

O amor e a luz suave.

"O amor prefere a luz das velas.
Talvez seja isso tudo o que desejamos de uma pessoa amada:
que ela seja uma luz suave que nos ajude a
suportar o terror da noite."

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Sabe

Quando me pego pensando em ti,
te vejo nas flores,
no canto dos pássaros
no brilho das estrelas,
na luz do dia.
Mas,
estou à distância
e os sonhos,
as fantasias,
os desejos
invadem minha mente
e,
me fazem viajar
por um mundo encantado.
Talvez
esse mundo
fique tão somente
em meus recuerdos
e lonjuras.
mas sei que vale a pena
viver esses momentos.
Nem que seja
pra olhar a flor
ouvir os pássaros
admirar as estrelas
e sonhar com o dia...
Carinhosamente

Para la Luna más bella del Sol

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

BOM DIA/01/11

Cada momento de beleza vivido e amado, por efêmero que seja, é uma experiência completa que está destinada à eternidade. Um único momento de beleza e amor justifica a vida inteira.