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quinta-feira, 8 de julho de 2010

SER ESPIRITA

"Aprendendo a lidar com as crises"



Ser espírita não é ser nenhum religioso; é ser cristão.
Não é ostentar uma crença; é vivenciar a fé sincera.
Não é ter uma religião especial; é deter uma grave responsabilidade.
Não é superar o próximo; é superar a si mesmo.
Não é construir templos de pedra; é transformar o coração em templo eterno.
Ser espírita não é apenas aceitar a reencarnação; é compreendê-la como manifestação da Justiça Divina e caminho natural para a perfeição.
Não é só comunicar-se com os Espíritos, porque todos indistintamente se comunicam, mesmo sem o saber; é comunicar-se com os bons Espíritos para se melhorar e ajudar os outros a se melhorarem também.
Ser espírita não é apenas consumir as obras espíritas para obter conhecimento e cultura; é transformar os livros, suas mensagens, em lições vivas para a própria mudança.

Ser sem vivenciar é o mesmo que dizer sem fazer.
Ser espírita não é internar-se no Centro Espírita, fugindo do mundo para não ser tentado; é conviver com todas as situações lá fora, sem alterar-se como espírita, como cristão.

O espírita consciente é espírita no templo, em casa, na rua, no trânsito, na fila, ao telefone, sozinho ou no meio da multidão, na alegria e na dor, na saúde e na doença.
Ser espírita não é ser diferente; é ser exatamente igual a todos, porque todos são iguais perante Deus.

Não é mostrar-se que é bom; é provar a si próprio que se esforça para ser bom, porque ser bom deve ser um estado normal do homem consciente.

Anormal é não ser bom.
Ser espírita não é curar ninguém; é contribuir para que alguém trabalhe a sua própria cura.
Não é tornar o doente um dependente dos supostos poderes dos outros; é ensinar-lhe a confiar nos poderes de Deus e nos seus próprios poderes que estão na sua vontade sincera e perseverante.
Ser espírita não é consolar-se em receber; é confortar-se em dar, porque pelas leis naturais da vida, "é mais bem aventurado dar do que receber".
Não é esperar que Deus desça até onde nós estamos; é subir ao encontro de Deus, elevando-se moralmente e esforçando-se para melhorar sempre.
Isto é ser espírita.
Com as bênçãos de Jesus, nosso Mestre.

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

NÃO SE CULPE, CORRIJA-SE

Não deixe que a consciência fique emperrada no circuito fechado do remorso, a rodar repetidamente o filme dos seus erros, valorizando a culpa.

É preciso liberar a mente da zona de sombras para as claridades da razão, a fim de detectar onde e como se deu a queda e, em função disso, movimentar os recursos da corrigenda. Culpar-se apenas não resolve nada. É indispensável sair do ponto em que caímos.

E a primeira atitude é levantar-se, bater a poeira, dar a volta por cima e prosseguir a caminhada, mas agora como os cuidados que negligenciamos antes. O erro, às vezes, não é mais que o tropicão que nos empurra para além do buraco fatal, evitando o pior.

Não é que devamos nos atirar propositadamente ao erro, nem transformá-lo em hábito pernicioso, sob a desculpa de que errar é humano, ou que é preciso errar para acertar.

Não, o que é importante é conscientizar-se do erro, de que ele é um mal que retarda o nosso progresso e adia a felicidade. E como tal, é imperioso corrigi-lo, compreendendo que somente nos educando para a vida, superaremos nosso lado animal.

Não devemos achar, porém que porque erramos, o mundo inteiro desabou sobre nossa cabeça e, por isso, vamos ficar repisando a culpa, na posição do doente que, não acreditando na cura, atira-se nos braços da morte por antecipação, pensando: “Já que vou morrer, nada mais devo fazer para salvar-me”.

Somos humanos, almas em aprendizado e não espíritos acabados e infalíveis! Por isso, se você caiu, se errou, se cometeu algum equívoco, utilize a experiência por lição oportuna para não reincidir, não errar mais. Há males que tem função educativa, e a dor é matéria indispensável no seu currículo. A perfeição passa indubitavelmente pelo erro e só se chega à perfeição agradecendo as quedas.

Não se culpe demasiadamente para não fechar as portas aos recursos da corrigenda. Defeitos existem para ser enfrentados e consertados. Confinar-se ao círculo da auto-acusação e condenar-se irremissivelmente sem cogitar de um álibi qualquer para redimir-se do erro, é suicídio. A solução para o culpado é corrigir-se. Atire a primeira pedra aquele que não tiver errado! Este pensamento de Jesus, no episódio da Mulher Adúltera[1], para mostrar aos fariseus acusadores que ninguém está imune ao erro, a um equívoco qualquer neste mundo de almas a caminho da eterna corrigenda.

sábado, 30 de agosto de 2008

MUDANÇA INDISPENSÁVEL

Muitas vezes, por um melindre qualquer, descarregamos nossa raiva contra alguém, numa explosão selvagem de fúria de que geralmente nos arrependemos depois. Nesses momentos, agimos como se fossemos movidos por uma tempestade íntima dos sentimentos em desequilíbrio. De repente, escurece a nossa paisagem mental e do nosso mundo interior em desordem eclodem trovões de ódio, relâmpagos, raios e ventos de impulsos destruidores que vão destroçando afeições, arrancando troncos de amor, desfazendo plantações de esperanças e turvando o rio da paz, criando-nos abismos de graves conseqüências para nossas vidas.

E enquanto as forças em desequilíbrio não se renderem ao dique da razão e do bom senso, os nossos automatismos psíquicos estarão acionados pela enxurrada de mágoas e ressentimentos, prostrando-nos por muito tempo ainda a estados mórbidos de sofrimento moral desencadeadores das diversas enfermidades que a medicina coleciona através dos tempos. Muitos passam a peregrinar pelas clínicas médicas, hospitais e templos religiosos, quando não terminam os dias torturados pela obsessão e a loucura, solitários sobre o leito da apatia e das frustrações que criaram para si próprios.

Entregues a indisciplina das emoções, fechados nas câmaras escuras do egoísmo e do amor-próprio excessivos, não se ajudaram no tratamento dos seus conflitos psíquicos, anulando todas as defesas naturais e tornando-se vítimas de doenças incuráveis, em virtude da sua conduta agressiva e dominadora com que desorganizaram e envenenaram o próprio mundo interior. São os falidos dos sentimentos, escravos de sua própria incúria, que jogaram no lixo da desídia belas oportunidades de reabilitação da saúde física, mental e espiritual pela disciplina dos impulsos. Transferem-se para além túmulo na condição de suicidas, sujeitos a estações de sofrimento maiores ainda até cogitarem da indispensável renovação, com vistas a novas experiências reeducativas quase sempre no mesmo ambiente e em relação com as mesmas pessoas junto às quais faliram.

Examina, portanto, a tua conduta diante das avaliações a que te vês submetido pelos próprios acontecimentos da vida, que não atendem senão às tuas próprias necessidades de progresso e oportunidade de mudança e crescimento. Domina os teus impulsos inferiores, o engenho do orgulho que range raivoso dentro de ti, a fim de não impedires que a bondade de Deus opere a teu favor no momento certo, para que não venhas a transformar tua vida num martírio inútil sem nenhum proveito para o teu futuro. Contorna a tua tempestade íntima e aprende a esperar na dor para que possas colher em plena primavera de amor os sonhos de felicidade que acalentas.

Ora e te protege na humildade, se queres ser ouvido nos teus apelos.