sexta-feira, 27 de junho de 2008

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Quinta-feira, dia 27 de Junho de 2008

Hoje a Igreja celebra : S. José Maria Escrivá, presbítero, fundador, +1975, São Paio, mártir, +925

Ver comentário em baixo,
S. Gregório de Nazianzo : Erigidos sobre a rocha


Livro de 2º Reis 24,8-17.

Joiaquin tinha dezoito anos quando começou a reinar, e reinou três meses em Jerusalém. Fez o mal aos olhos do Senhor, tal como o seu pai. Foi nesse tempo que os homens de Nabucodonosor, rei da Babilónia, vieram sobre Jerusalém e a sitiaram. Nabucodonosor chegou à cidade, quando as suas tropas a sitiavam. Joiaquin, rei de Judá, saiu ao encontro do rei da Babilónia, com sua mãe, com os altos funcionários, com os oficiais e com os eunucos; e o rei da Babilónia prendeu-o. Isto aconteceu no oitavo ano do reinado de Nabucodonosor. E como o Senhor tinha anunciado, Nabucodonosor levou dali todos os tesouros do templo do Senhor e do palácio real, e quebrou todos os objectos de ouro que Salomão, rei de Israel, fizera para o santuário do Senhor. Levou cativa toda a corte de Jerusalém, todos os chefes e todos os notáveis, ao todo dez mil, com todos os ferreiros e artífices; deixou apenas os pobres do país. Deportou Joiaquin de Jerusalém para a Babilónia, com a sua mãe, as suas mulheres, os eunucos do rei e os grandes do país. Todos os homens de valor, aptos para a guerra, em número de sete mil, os ferreiros e os artífices, em número de mil, o rei da Babilónia levou-os cativos para a Babilónia. Em lugar de Joiaquin, o rei da Babilónia nomeou rei seu tio Matanias, cujo nome mudou para Sedecias.

Livro de Salmos 79(78),1-2.3-5.8.9.

Deus, os pagãos invadiram a tua herança, profanaram o teu santo templo e reduziram Jerusalém a um montão de ruínas.
Deram os cadáveres dos teus servos em alimento às aves do céu e os corpos dos teus fiéis, às feras selvagens.
Derramaram o seu sangue como água, em torno de Jerusalém, e ninguém lhes deu sepultura.
Tornámo-nos motivo de escárnio para os vizinhos, de irrisão e opróbrio para os que nos rodeiam.
Até quando, SENHOR, estarás ainda irritado? Será a tua indignação como um fogo abrasador?
Não recordes contra nós as faltas dos nossos antepassados; venha depressa ao nosso encontro a tua misericórdia, porque chegámos ao fim das nossas forças.
Socorre-nos, ó Deus, nosso salvador, para glória do teu nome; livra-nos e perdoa-nos pelo amor do teu nome.


Evangelho segundo S. Mateus 7,21-29.

«Nem todo o que me diz: 'Senhor, Senhor’ entrará no Reino do Céu, mas sim aquele que faz a vontade de meu Pai que está no Céu. Muitos me dirão naquele dia: 'Senhor, Senhor, não foi em teu nome que profetizámos, em teu nome que expulsámos os demónios e em teu nome que fizemos muitos milagres?’ E, então, dir-lhes-ei: 'Nunca vos conheci; afastai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade.’» «Todo aquele que escuta estas minhas palavras e as põe em prática é como o homem prudente que edificou a sua casa sobre a rocha. Caiu a chuva, engrossaram os rios, sopraram os ventos contra aquela casa; mas não caiu, porque estava fundada sobre a rocha. Porém, todo aquele que escuta estas minhas palavras e não as põe em prática poderá comparar-se ao insensato que edificou a sua casa sobre a areia. Caiu a chuva, engrossaram os rios, sopraram os ventos contra aquela casa; ela desmoronou-se, e grande foi a sua ruína.» Quando Jesus acabou de falar, a multidão ficou vivamente impressionada com os seus ensinamentos, porque Ele ensinava-os como quem possui autoridade e não como os doutores da Lei.

Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

S. Gregório de Nazianzo (330-390), bispo, doutor da Igreja
Discurso 26; PG 35, 1238


Erigidos sobre a rocha


Certa noite, passeava eu à beira-mar; como diz a Escritura: «Soprando uma forte ventania, o lago começou a agitar-se» (Jo 6,18). As ondas agitavam-se ao longe e galgavam a costa, batendo nas rochas, desfazendo-se em espuma e gotículas. Pequenas pedras, algas e as conchas mais pequenas eram arrastadas pelas águas e atiradas para a praia, mas as rochas ali estavam, mantendo-se firmes e inabaláveis, como se tudo estivesse calmo, apesar dos açoites que as fustigavam [...]

Tirei uma lição desse espectáculo. Não será esse mar a nossa vida e a própria condição humana? Também nestas há muita amargura e instabilidade. E os ventos, não serão eles as tentações que nos assaltam, e os golpes imprevistos da vida? Era isto, creio, aquilo em que meditava David quando exclamou: «Salva-me, ó Deus, porque as águas quase me submergem! [...] Entrei no abismo de águas sem fundo e a corrente está a arrastar-me» (Sl 68). Das pessoas que por tal prova passam, umas parecem objectos leves e sem vida que se deixam levar sem opor a mínima resistência; nelas não há firmeza alguma; não têm o contrapeso de uma razão sábia que lute contra as investidas. Outras parecem rochedos, dignas do Rocha sobre a qual fomos erigidos e que adoramos; formadas pela razão da verdadeira sabedoria, estas elevam-se acima da fraqueza comum e tudo suportam com uma constância inabalável.

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