segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

AS POESIAS ...DANÇAM

A poesia entra por janelas,
abrindo portas do sentimento,
palavras carregam, em si,
sementes de um dito,
que permanecerá no espaço infinito,
vibrando a razão que as abortou,
ou as permitiu nascer.
Sem bater asas,
penetram por janelas,
que no tempo não se fecham,
abrem-se para renovarem o ar,
aspirando a luz e o calor da verdade.
As boas sementes precisam esperar
as condições apropriadas
para germinarem das profundezas ocultas,
ou do coração do poeta que as cultivam, por amor.
A sabedoria fica nas sombras,
absorvendo as gotas cegas,
que, ao seu lado caminham,
humidas, inconsoláveis,
as transforando em nuvens de gelo,
movimentando-as ao sabor do vento,
para vê-las voltarem, a terra fértil,
doces aos seu olhos,
provocando ondas sobre o mar da ilusão,
que pacientemente esperaram
a hora certa para sair
da fonte dos rios, ou dos versos,
que brotam em cascatas,
na vida, e no coração da poesia,
com o perfume das rosas, que não falam,
só exalam a beleza em flor.

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