sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Bonecos de Pano

Eis-me, de novo, matutando sobre a vida...
Vejo tanta banalidade:
Se desdobram para ver qual o pior,
O governo, políticos, povo, sociedade.

De repente é como se nada valesse a pena.
Questiono se a própria vida
Vale algo?
São tantos os desmandos que
Acho que nada vale absolutamente nada!

O homem estendido no chão, ensangüentado,
a árvore cortada pela raiz,
dobrados em si,
como bonecos de pano,
me dá a exata noção da nossa precariedade!

Uma bala perdida;
Um carro desgovernado;
Adolescentes bêbados;
Governo sem rota, sem prumo;
Ladrões saindo pela ladrão...
Corram.... a policia vem chegando!

Fatos assim
Nos mostram no dia a dia
A nossa não serventia.

E como bonecos de pano,
somos jogados, ceifados,
quando alguém supõe que já não servimos.

A nossa revelia nascemos.
Não temos escolha.
Num momento supremos somos gerados,
crescemos e morremos como árvores
que tombam cortadas, jogadas, queimadas.

Eis-nos no limbo, ao léu.
No céu aberto em exíguo espaço
Reclamando nossos momentos tão curtos,
Que acabam em espasmos,
No surdo barulho da morte...

Descartados sem o menor cuidado,
Sem piedade,
Sem ninguém,
Amassado, amorfo...
Morto - já não vota nem escolhe,
Pobre humano!

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