sábado, 19 de janeiro de 2008

JANELAS DA ALMA

Palavras o vento leva,
Sorrisos o tempo apaga,
Promessas se vão com a maré,
A boca fala, cala,
Fala de novo,
Mas será que tudo vem do coração?
Sei não...
Muitas vezes,
mesmo sem querer mentir,
Falamos aquilo
que gostaríamos de sentir...
Porém no rosto,
Temos janelas iluminadas,
Que queiramos ou não,
Denunciam a mais leve,
A mais profunda emoção.
Janelas que desnudam
nossos sentimentos,
Que nos traem revelando
Mesmo aquilo que teimamos esconder.
São janelas sem cortinas,
sem black-out,
sem persianas,
Janelas que trazem o mundo
para dentro de nós
E que em troca expõe o nosso mundo
Para todo mundo ver.
Janelas da alma,
São os nossos olhos,
Documentos lavrados
no cartório do coração,
Reconhecidamente fiéis
aos nossos sonhos
E desejos.
Palavras se vão...
Promessas são vãs...
Mas o brilho dos olhos nossos,
Não se irão nunca...

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