quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Problema do Perdão

A Divina Tolerância não constitui subversão da ordem
no campo da justiça.
O perdão do Senhor é sempre transformação do mal no bem,
com a renovação de nossas oportunidades de luta e resgate,
no grande caminho da vida.
Vejamos a Terra, em sua função de escola de nossos espíritos
endividados e reconheceremos a Bondade Celeste atuando,
de mil modos diversos, cada dia, no serviço de reajuste.
Aqui, as feridas do corpo apagam o incêndio que ateávamos
no passado, buscando a destruição do próximo.
Ali, enfermidades de diagnose obscura regeneram nossos
velhos desequilíbrios do estômago ou do sexo.
Além, padecimentos morais inomináveis solucionam
compromissos pesados, assumidos por nós mesmos,
à frente dos nossos semelhantes.
Acolá, na guerra fria da trincheira doméstica, antigos
adversários permanecem jungidos uns aos outros, nas férreas
teias das circunstâncias que lhes constrangem as almas
à experiência comum.
Enquanto houver dívida em nossa marcha, haverá
reajustamento pela dor.
É que sendo Deus, Amor e Sabedoria, nossas ofensas
não Lhe atingem a Magnificência e o Esplendor.
Nossas faltas atiradas à face do Todo-Compassivo são
como borrifos de lama arrojados ao Sol.
Somos, porém, descendentes de Sua Luz, e, por isso mesmo,
a Justiça nos rege.
A Bondade Infinita do Criador ou daqueles que
O representam nos afaga e desculpa sempre, entretanto,
nossa consciência jamais nos perdoa.
A Lei do Eterno Equilíbrio brilha em nós, indicando-nos o
caminho da Ascensão quando nos achamos quites com
os seus decretos de Bênçãos ou da reabilitação, se nos
constituímos seus devedores.
Tenhamos, desta forma, cuidado em não tisnar a alvura
de nossa vestimenta interior, ou então, empenhemos nossas
melhores energias por refazer-lhe a brancura, porquanto,
amanhã, a vida nos pedirá contas do tempo e dos recursos
que nos foram emprestados, e, não nos ausentaremos do círculo
escuro de nossas defecções morais, enquanto não formos
perdoados por nosso tribunal íntimo, de vez que, como
criaturas de Deus, desejamos senhorear a Sublime Herança
que nos é reservada, não à conta de mendigos ou mercenários
da Graça Divina, mas, na posição de Filhos Redimidos de
Nosso Pai Celestial.

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