quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Não Te Escondas

"Vós sois a luz do mundo.
Não se pode esconder a cidade edificada sobre um monte." Mateus 5-14
Os discípulos do Senhor são chamados, em todos os tempos, a refletir-lhe a luz nos vales escuros da humana provação, norteando os que se encontram vagueando sem rumo certo.
Pontos de referência espiritual para a Humanidade, os seguidores do Evangelho sempre serão alvo dos que pretendem manter os homens presos às sombras da própria ignorância.
Qual aconteceu ao Cristo, a Luz do Mundo, os adversários da fé haverão de perseguir, os que ousam acender diminuto lume nos caminhos trevosos da Terra.
Quando começaram a despontar nas tarefas do bem a que se entregam, é natural, pois, que sintam o recrudescimento das dificuldades em forma de intolerância e perturbação...
É que a sua ação emancipadora de consciência incomodará os que, estejam no corpo ou fora dele, laboram para que o espírito não se afaste da mesmice secular nas sendas da evolução.
Quais crianças inconseqüentes que intentam, a pedradas, quebrar a lâmpada suspensa no poste, atirarão calhaus sobre os que lutam para serem fiéis ao Senhor, Fonte de Excelsa Claridade, inacessível a qualquer trama do mal.
Se já te encontras lúcido quanto aos deveres que te cabe desempenhar, na construção do Reino Divino sobre a Terra, não te escondas...
Não eclipses a luz que resplandece em ti, com receio de que venhas a sofrer com o assédio das trevas.
Quem se habitua à escuridão em que se ilude torna-se naturalmente refratário ao esplendor da Verdade.
Porque temas a hora do testemunho, não camufles, confundindo-te com as sombras, para que não sejas identificado pelos que lhes são subservientes.
Sobretudo, não comprometas em ti a luz do idealismo, fazendo enganosas concessões a transitórios interesses e caprichos meramente humanos.
Não corrompas e nem te permitas corromper, no anseio da luminosidade que ainda não possuis no espírito.
Contenta-te em ser anônimo espelho com a face voltada para o Sol, refletindo-lhe a grandeza...
Um dia, de tanto irradiar a luz que originariamente não te pertence, quando a noite da provação se adensar à tua volta, te surpreenderás brilhando e, então, saberás que, pelo continuado esforço de refleti-la, terminaste por absorvê-la.

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