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terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

VOCÊ TOMOU MEU LUGAR

Um dia, um homem foi visitar uma igreja. Chegou cedo, estacionou seu carro, e desceu.

Outro carro parou ao lado dele e o motorista disse,
- Eu sempre estaciono aí. Você tomou o meu lugar!

O visitante entrou e se dirigiu ao salão onde acontecia uma palestra de evangelização. Achou um lugar vazio e sentou-se.

Uma senhorita da igreja se aproximou e disse,
- Este é meu assento! Você tomou meu lugar!

O visitante ficou um tanto angustiado com estas rudes boas-vindas rudes, mas nada disse.

Depois da palestra, o visitante entrou no santuário da igreja e sentou-se. Outro membro chegou até ele e disse,
- Este é o lugar onde eu sempre me sento. Você tomou meu lugar!

O visitante, mesmo mais incomodado por este tratamento, nada disse.

Mais tarde, quando a congregação orava para que Cristo habitasse entre eles, o visitante se levantou e sua aparência começou a mudar. Cicatrizes horríveis tornaram-se visíveis em suas mãos e em seus pés.

Alguém da congregação notou e perguntou,
- O que aconteceu com você?

O visitante respondeu,
- Tomei o seu lugar.

terça-feira, 20 de abril de 2010

A ÚLTIMA ROSA

Esta manhã eu cortei aquela que pode ter sido
a última rosa de um arbusto que produziu belas
e perfumadas flores.
Cada uma delas se desenvolveu passando por muitas
fases. Na fase de botão, parece escura, quase púrpura.
Então, quando começa a desdobrar suas muitas pétalas,
se transforma em um escarlate profundo, rico e vibrante.
Uma vez completamente aberta, sua cor suaviza para um
vermelho suave.
Quando cortada, permanece viva por muitos dias em um vaso d'água.
E por todas as suas fases, sempre exalando um aroma divino.
Aprendi algumas lições tiradas desta maravilhosa criação.
A mais importante é perceber a "engenharia" que mantém as
muitas pétalas desta flor adorável, delicada e aparentemente
frágil, sempre juntas, mesmo enfrentando as fortes tempestades.
Às vezes me sinto frágil e completamente incapaz de resistir
às tempestades que vêm contra mim. Mas me lembro das rosas e me
lembro de que Deus não me criou para ser quebrada por qualquer
rajada de vento.
Confiando Nele, eu posso suportar. Sei que se eu fraquejar
ou me dobrar para o lado errado, Ele suavemente e misericordiosamente
me corrigirá.
E assim, com a confiança em Deus e com Seu apoio, sigo vencendo
as ventanias e, como as rosas, quero deixar em todas as fases
de minha existência, um delicado e perfumado aroma por onde eu passar.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Você é um "ajudante" ou um "buzinador"?

Você provavelmente já presenciou a cena ou ouviu (ou leu) um história parecida.

A senhora teve seu carro quebrado em meio à um movimentado cruzamento. Isto é um pesadelo para qualquer um, mas ela manteve a cabeça no lugar e estava fazendo o melhor que podia para ligar seu carro. Depois de várias tentativas, o motorista logo atrás dela começou a buzinar impiedosamente.

Depois de alguns momentos da incessantes buzina, a mulher saiu carro, caminhou até o homem no carro atrás dela e educadamente disse,
- Senhor, parece que estou tendo dificuldades para ligar meu carro. Se você puder fazer o favor de ajudar e conseguir ligar meu carro, eu ficarei muito feliz em me sentar aqui e buzinar para você.

O buzinaço parou!

Como você se classifica frente à um problema "dos outros"? Você é um "ajudante" ou um "buzinador"?
Da próxima vez que você observar um problema, por favor não "buzine". Isto realmente não ajuda e normalmente frustra aqueles que estão tentando consertar o problema. Ao invés de "buzinar" por que não empresta uma mão para ajudar?

sábado, 26 de dezembro de 2009

UMA VONTADE ESPECIAL

Herman e eu fechamos nossa loja e nos arrastamos para casa. Eram 11 horas da noite, véspera do Natal. Estávamos extremamente cansados. Tínhamos vendido todos os nossos brinquedos, exceto um, já embrulhado por um dos vendedores, que fora reservado mas a pessoa não retornou.

Na manhã de Natal, logo cedo, nosso filho de doze anos, Tom, abriu seus presentes e se divertia. Mas havia algo de estranho naquele Natal. Eu sentia uma persistente vontade, um desejo que parecia estar me mandando voltar à loja. Olhando para a calçada escorregadia lá fora, eu disse para mim mesma:
- Isso é loucura. Nada há a fazer lá.

Tentei despachar aquela vontade, mas ela não me deixava em paz. Aliás, ficava mais forte. Finalmente, eu não pude mais esperar e me vesti. Do lado de fora o vento era cortante e congelava meu rosto. Tateando, escorregando e deslizando, cheguei à loja.

Em frente, estavam dois meninos, um de aproximadamente nove anos e o outro de seis.
- Viu, eu não disse que ela viria? O mais velho disse jubiloso. O rosto do mais jovem estava molhado com lágrimas, mas quando ele me viu seu choro parou.

- O que vocês dois fazem aqui fora? Perguntei, me apresando à colocá-los para dentro da loja. Vocês deveriam estar em casa num dia como este!
- Estávamos esperando por você, respondeu o mais velho. Meu irmão não ganhou nada no Natal. Nós queríamos comprar um par de patins. É isso o que ele queria ganhar. Temos três dólares, disse puxando as notas de seu bolso.

Olhei o dinheiro. Olhei seus rostos cheios de expectativas. E então olhei ao redor da loja.
- Sinto muito, eu disse, mas não tem mais nenhum brinquedo! Então minha vista parou sobre aquele embrulho solitário na prateleira atrás do balcão.

- Espere um minuto, falei aos meninos.

Fui até o balcão, peguei o embrulho, abri e, milagre dos milagres, era um par de patins! Jimmy, o menino mais novo, correu para eles.
- Senhor, deixe que seja de seu tamanho. Pensei.

E milagre sobre milagre, eram do tamanho exato. O menino mais velho me entregou o dinheiro.
- Não, eu lhe falei, quero lhes dar estes patins e quero que usem seu dinheiro para comprar luvas.

Os meninos pareciam não acreditar, a princípio. Então os seus olhos tornaram-se brilhantes e sorrisos estamparam em seus rostos. O que vi nos olhos de Jimmy era uma bênção. Era pura alegria.

Saímos juntos da loja e, enquanto eu trancava a porta, me virei para o mais velho e perguntei,
- O que o fez pensar que eu viria?

Definitivamente eu não estava preparada para sua resposta. Seu olhar foi fixo e ele me respondeu suavemente:

- Eu pedi que Jesus enviasse você.

O calafrio na minha espinha não era de frio. Deus tinha planejado tudo isto.

Depois de acenar em despedida, voltei para casa para o Natal mais brilhante de minha vida.

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

CHINELOS DOURADOS

Faltavam apenas cinco dias para o Natal.
O espírito da ocasião ainda não tinha me atingido, mesmo que os carros lotassem o estacionamento do shopping.

Dentro da loja, era pior.
Os últimos compradores lotavam os corredores.
- Por que vim hoje? Perguntei a mim mesmo.

Meus pés estavam tão inchados quanto minha cabeça.

Minha lista continha nomes de diversas pessoas que diziam não querer nada mas eu sabia que
ficariam magoados se eu não os comprasse qualquer coisa.

Comprar para alguém que tem tudo e com os preços das coisas como estão, fica muito difícil.

Apressadamente, eu enchi meu carrinho de compras com os últimos artigos e fui para a longa fila do caixa.

Na minha frente, duas pequenas crianças - um menino de aproximadamente 10 anos e uma menina mais nova, provavelmente de 5 anos.

O menino vestia roupas muito desgastadas.

Os tênis me pareceram grandes demais e as calças de brim muito curtas.

A roupa da menina assemelhava-se a de seu irmão.

Carregava um bonito e brilhante par de chinelos com fivelas douradas.


Enquanto a música de Natal soava pela loja, a menina sussurrava desligada mas feliz.

Quando nos aproximamos finalmente do caixa, a menina colocou, com cuidado, os chinelos na esteira. Tratava-os como se fossem um tesouro.
O caixa anunciou a conta.
- São $6,09. Disse.

O menino colocou suas moedas enquanto procurava mais em seus bolsos. Veio finalmente com $3,12.
- Acho que vamos ter que devolver. - disse.
Nós voltaremos outra hora, talvez amanhã.

Com esse aviso, um suave choro brotou da pequena menina.
- Mas Jesus teria amado esses chinelos. Ela resmungou.

- Bem, nós vamos para casa e trabalharemos um pouco mais.
Não chore.
Nós voltaremos. Disse o menino.

Rapidamente, eu entreguei $3,00 ao caixa.

Estas crianças tinham esperado na fila por muito tempo. E, além de tudo, era Natal.

De repente um par de braços veio em torno de mim e uma pequena voz disse,
- Agradeço, senhor.

- O que você quis dizer quando falou que Jesus teria gostado dos chinelos? Eu perguntei.

O pequeno menino me respondeu,
- Nossa mãe está muito doente e vai pro céu.
Papai disse que ela pode ir antes mesmo do Natal, estar com Jesus.

E a menina completou,
- Meu professor disse que as ruas no céu são de ouro, brilhantes como estes chinelos. Mamãe não ficará bonita andando naquelas ruas com esses chinelos?

Meus olhos inundaram-se de lágrimas e eu respondi,
- Sim, tenho certeza que ficará.

Silenciosamente agradeci a Deus por usar estas crianças para lembrar-me do verdadeiro espírito de Natal.
[]
O importante no Natal não é a quantidade de dinheiro que se gasta, nem a quantidade de presentes que se compra, nem a tentativa de impressionar amigos e parentes.

O Natal é o amor em seu coração, é compartilhar com os outros como Jesus compartilhou com cada um de nós.
O Natal é o nascimento de Jesus que Deus nos enviou para mostrar o quanto nos ama realmente.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Gotas de oleo

Num quarto modesto, o doente grave pedia silêncio.
Mas a velha porta rangia nas dobradiças
cada vez que alguém a abria ou fechava.
O momento solicitava quietude,
mas não era oportuno para a reparação adequada.
Com a passagem do médico, a porta rangia,
nas idas e vindas do enfermeiro,
no trânsito dos familiares e amigos,
eis a porta a chiar, estridente.

Aquela circunstância trazia, ao enfermo e a todos
que lhe prestavam assistência e carinho,
verdadeira guerra de nervos.

Contudo, depois de várias horas de incômodo,
chegou um vizinho
e colocou algumas gotas de óleo lubrificante
na antiga engrenagem e a porta silenciou,
tranqüila e obediente.



Em muitas ocasiões há tumulto dentro de nossos lares,
no ambiente de trabalho, numa reunião qualquer.
São as dobradiças das relações
fazendo barulho inconveniente.
São problemas complexos, conflitos,
inquietações, abalos...

Entretanto, na maioria dos casos
nós podemos apresentar a cooperação definitiva
para a extinção das discórdias.

Basta que lembremos do recurso infalível de algumas
GOTAS DE COMPREENSÃO
e a situação muda.

-Algumas
GOTAS DE PERDÃO
acabam de imediato
com o chiado das discussões calorosas.

GOTAS DE PACIÊNCIA
no momento oportuno podem evitar grandes dissabores.

GOTAS DE CARINHO,
penetram as barreiras mais sólidas
e produzem efeitos duradouros e salutares.

Algumas
GOTAS DE SOLIDARIEDADE
e FRATERNIDADE
podem conter uma guerra de muitos anos.
- É com algumas
GOTAS DE AMOR
que as mães dedicadas abrem as portas mais emperradas
dos corações confiados à sua guarda.
- São as
GOTAS DE PURO AFETO
que penetram e dulcificam as almas ressecadas
de esposas e esposos,
ajudando na manutenção da convivência
duradoura.
- Nas relações de amizade, por vezes, algumas
GOTAS DE AFEIÇÃO
são suficientes para lubrificar as engrenagens
e evitar os ruídos estridentes da discórdia
e da intolerância.

Dessa forma, quando você perceber
que as dobradiças das relações
estão fazendo barulho inconveniente,
não espere que o vizinho venha solucionar o problema.

Lembre-se que você poderá silenciar qualquer discórdia
lançando mão do óleo lubrificante do amor,
útil em qualquer circunstância, e sem contra indicação.

Não é preciso grandes virtudes
para lograr êxito nessa empreitada.

Basta agir com sabedoria e bom senso.

Às vezes,
são necessárias apenas algumas
GOTAS DE SILÊNCIO
para conter o ruído desagradável
de uma discussão infeliz.

E se você é daqueles que pensa
que os pequenos gestos nada significam,
lembre-se de que as grandes montanhas
são constituídas de pequenos grãos de areia.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

AS JANELAS DOURADAS

O menino trabalhava duro o dia todo, no campo, no estábulo e no galpão, pois seus pais eram fazendeiros pobres e não podiam pagar um ajudante. Mas quando o sol se punha, seu pai deixava aquela hora só pra ele.

O menino subia para o alto de um morro e ficava olhando para o outro morro, alguns quilômetros
ao longe. Nesse morro distante, via uma casa com janelas de ouro brilhante e diamantes.

As janelas brilhavam e reluziam tanto que ele piscava. Mas, pouco depois, as pessoas da casa fechavam as janelas por fora, ao que parecia, e então a casa ficava igual a qualquer casa comum de fazenda.

O menino achava que faziam isso por ser hora do jantar; então voltava para casa, jantava seu pão com leite e ia se deitar.

Um dia, o pai do menino chamou-o e disse:

- Você tem sido um bom menino e ganhou um feriado. Tire esse dia para você, mas lembre-se de que Deus o deu, e tente usar para aprender alguma coisa boa.

O menino agradeceu ao pai e beijou a mãe.

Guardou um pedaço de pão no bolso e partiu para encontrar a casa de janelas douradas.

Foi uma caminhada agradável. Os pés descalços deixavam marcas na poeira branca e, quando olhava para trás, parecia que as pegadas o estavam seguindo e fazendo companhia. A sombra também seguia ao seu lado, dançando e correndo
como ele desejasse: estava muito divertido.

O tempo foi passando e ele ficou com fome. Sentou-se à beira de um riacho
que corria atrás da cerca de amoeiro e comeu seu almoço, bebendo a água clara. Depois jogou os farelos para os passarinhos, como sua mãe ensinara, seguindo em frente.

Passando um longo tempo, chegou ao morro verde e alto. Quando subiu ao topo, lá estava a casa. Mas parecia que haviam fechado as janelas, pois ele não viu nada dourado. Chegou mais perto e aí quase chorou, porque as janelas eram de vidro comum, iguais a qualquer outra, sem nada de ouro nelas.

Uma mulher chegou à porta e olhou carinhosamente para o menino, perguntando
o que ele queria.

- Eu vi as janelas de ouro lá do nosso morro - disse ele - e vim para vê-las, mas agora elas são só de vidro!

A mulher balançou a cabeça e riu.
- Nós somos pobres fazendeiros - disse -, e não iríamos ter janelas de ouro. E o vidro é muito melhor para se ver através!

Fez o menino sentar-se no largo degrau de pedra e lhe trouxe um copo de leite e um pedaço de bolo, dizendo que descansasse. Então chamou a filha, da idade do menino; acenou carinhosamente com a cabeça, para os dois e voltou aos seus afazeres.

A menininha estava descalça como ele e usava um vestido de algodão marrom, mas os cabelos eram dourados como as janelas que ele tinha visto e os olhos eram azuis como o céu ao meio-dia. Ela passeou com o menino pela fazenda e mostrou a ele seu bezerro preto com uma estrela branca na testa; ele contou do seu próprio bezerro em casa, que era castanho-avermelhado com as quatro
patas brancas.

Depois, quando já haviam comido uma maçã juntos, e assim se tornado amigos, ele perguntou a ela sobre as janelas douradas. A menina confirmou, dizendo que sabia tudo sobre elas, mas que ele havia errado de casa.

- Você veio na direção completamente errada! - disse ela. - Venha comigo, vou mostrar a casa de janelas douradas e você vai conferir onde fica.

Foram para um outeiro que se erguia atrás da casa, e, no caminho, a menina contou que as janelas de ouro só podiam ser vistas a uma certa hora, perto do pôr-do-sol.

- É isso mesmo, eu sei! - disse o menino.

No cimo do outeiro, a menina virou-se e apontou: lá longe, num morro distante, havia uma casa com janelas de ouro brilhante e diamantes, exatamente como ele havia visto. E quando olhou bem, o menino viu que era sua própria casa!

Logo, disse à menina que precisava ir. Deu a ela sua melhor pedrinha, a branca com listra vermelha, que levava há um ano no bolso. Ela lhe deu três castanhas-da-índia: uma vermelha acetinada, outra pintada e outra branca
como leite. Ele deu-lhe um beijo e prometeu voltar, mas não contou o que descobrira. Desceu o morro, enquanto a menina o olhava na luz do poente.

O caminho de volta era longo e já estava escuro quando chegou à casa dos pais. Mas o lampião e a lareira luziam através das janelas, tornando-as
quase tão brilhantes como as vira do outeiro.

Quando abriu a porta, sua mãe veio beijá-lo, e a irmãzinha correu para abraçá-lo pelo pescoço, sentado perto da lareira, seu pai levantou os olhos e sorriu.

- Teve um bom dia? - perguntou a mãe.

- Sim! - o menino havia passado um dia ótimo.

- E aprendeu alguma coisa? - perguntou o pai.

- Sim! - disse o menino. - Aprendi que nossa casa tem janelas de ouro e diamantes...

sábado, 12 de dezembro de 2009

MOMENTO PARA NÃO ESQUECER

Seu nome é Joe.
Tem o cabelo um tanto quanto selvagem, usa velhas camisas que até tem alguns furos, calças jeans e, na maioria das vezes, nenhum calçado.
Esta foi sua indumentária durante os seus quatro anos de faculdade.
É brilhante.
Um tipo meio estranho (aliás muito estranho), mas muito brilhante.
Acabou por se tornar um cristão durante o período de faculdade.

Situada em uma rua do campus, a igreja era freqüentada por pessoas muito bem vestidas e muito conservadoras.

Um dia Joe decidiu ir até lá.
Adentrou com aquele seu jeito: descalço, calças jeans, camiseta e seu cabelo selvagem.
A cerimônia já tinha começado e Joe andou pelos corredores à procura de algum lugar vago. A igreja estava completamente cheia e ele não conseguiu encontrar um assento.

Podia-se perceber que para algumas pessoas a situação era incômoda, mas ninguém disse nada.
Joe foi chegando cada vez mais perto do altar e quando percebeu que não havia nenhum assento vago, ele simplesmente sentou-se direto no tapete.
Embora fosse um comportamento perfeitamente aceitável em meio à uma faculdade, isto nunca tinha acontecido naquela igreja.

Agora as pessoas estavam visivelmente irritadas e a tensão podia ser sentida no ar.

O ministro percebeu que saindo dos fundos da igreja, um velho padre caminhava lentamente em direção à Joe.
O diácono está com seus quase oitenta anos, o cabelo chega a ser prateado, veste um elegante terno e traz um relógio de bolso.
Um homem devoto, muito elegante, muito digno, muito nobre.
Caminha com um bastão e enquanto anda em direção ao jovem, todos dizem a si mesmos
- Não se pode responsabilizá-lo pelo que irá fazer.
Não se deve esperar que um homem com esta idade e formação, vá compreender um jovem da faculdade sentado no chão da igreja...

Passa-se um bom tempo até o homem alcançar o jovem.
A igreja está em total silencio, à exceção do estalar do bastão.
Todos os olhos estão fixos nele.
Não se ouve nem uma respiração qualquer.
As pessoas estão pensando, o ministro não pode fazer a leitura até que o diácono faça o que tem que fazer.

E então vêem aquele homem idoso deixar cair seu bastão no chão.
Com grande dificuldade se abaixa e senta-se ao lado de Joe e lhe diz
- Assim você não estará sozinho.

Estão todos ainda sufocados pela emoção, quando o ministro recupera o controle e diz,
- O que estou a ponto de lhes dizer, vocês jamais se lembrarão.
O que vocês acabaram de assistir, jamais se esquecerão.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

UM HOMEM RICO

Apenas recentemente percebi que eu sou um homem muito rico.
Não da maneira definida pela sociedade.
Eu não tenho uma grande casa, um belo carro ou muito dinheiro.
Pode ser que, no futuro, eu tenha algumas destas coisas.

Ainda assim, eu sou um homem muito rico.

Tem vezes que chego a me sentir o homem o mais rico do mundo.


Minha riqueza vêm do coração e da alma e não do dinheiro.


Quando saio de casa pela manhã e ouço os pássaros cantar seus elogios à Deus, eu sei que sou um homem rico.

Quando olho para o céu e percebo a gloriosa beleza de um nascer do sol ou de um por do sol, eu sei que sou um homem rico.

Quando minhas crianças me dão um abraço ou quando minha esposa me acaricia, eu sei que sou um homem rico.

Quando ouço aquelas palavras mágicas "eu te amo" sussurradas em minha orelha, eu sei que sou um homem rico.

Quando meus cães lambem minha mão e saltam abanando o rabo alegremente, eu sei que sou um homem rico.

Quando posso encorajar e ajudar a um amigo ou trazer alegria para uma outra pessoa, eu sei que sou um homem rico.

Quando escrevo estas palavras e sei que podem ajudar a alguém por aí a perceber o quanto são ricas, eu sei que sou um homem rico.

Lembre-se do quanto você tem de riqueza nesta vida.
O amor e a alegria e a família e os amigos valem mais do que qualquer quantidade de dinheiro.

A própria vida é um presente sem preço nos dado por Deus.
Aproveite as verdadeiras riquezas da vida.
Comemore o tesouro de sua existência.
No final, a única riqueza que você pode levar contigo deste mundo é o amor, a alegria, e a felicidade que você criou nela.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

PALAVRAS PARA VIVER

Sentei-me ao lado da cama do velho homem, um amigo por mais de vinte anos, e segurei a sua mão. Hal estava morrendo. Nós dois sabíamos que os próximos poucos dias seriam seus últimos.

Passamos um bom tempo relembrando sobre sua frutífera e longa carreira como orador. Conversamos sobre velhos amigos. Conversamos sobre a sua família. E escutei atentamente quando ofereceu sua sabedoria e conselho a um membro de uma "geração mais jovem".

Numa pausa na conversa, Hal me pareceu cuidadosamente considerar o que estava para dizer a seguir. Então apertou minha mão, fitou meus olhos e cochichou, alto apenas o suficientemente para eu ouvir,
- Nada é mais importante do que os relacionamentos.

Enquanto considerou sobre todas as suas experiências - espiritual, profissional, pessoal e familiar, esta observação final flutuou por cima de todo o resto: "Nada é mais importante do que os relacionamentos.

- Não seja espremido por sua carreira. Pareceu estar me dizendo. - Da mesma forma, não use as pessoas para alcançar os seus objetivos e depois descartá-las. Nenhum projeto, nenhum programa, nenhuma tarefa devem ser perseguidos à custa de amigos e família.

- Lembre-se. Ouvi-o dizer claramente. Ao final, apenas seus relacionamentos serão verdadeiramente importantes. Cuide bem deles.

O escritor Og Mandino colocou desta forma:
"Começando hoje, trate a todos que você encontrar como se ele ou ela fosse morrer à meia-noite. Estenda-lhe toda a atenção, cuidado, bondade e entendimento que você puder e faça-o sem jamais pensar em qualquer recompensa. A partir daí, sua vida nunca mais será a mesma".

Ao fim de uma longa vida, meu amigo Hal teria concordado.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

O VENCEDOR

Eu estava observando algumas pequenas crianças jogando futebol. Aquelas crianças tinham apenas cinco ou seis anos de idade, mas estavam jogando um jogo real, um jogo sério. Dois times, completos, com técnicos, uniformes e pais. Eu não conhecia nenhum deles, assim eu podia desfrutar o jogo sem a ansiedade da vitória ou derrota. Eu os chamarei apenas de time Um e time Dois.

Ninguém marcou no primeiro tempo. As crianças estavam hilárias. Eram desajeitados e empolgados como só as crianças podem ser. Eles caíam em cima das próprias pernas, tropeçavam na bola, chutavam a bola e a erravam, mas eles não pareciam se importar. Estavam se divertindo!

No segundo tempo, o jogo ficou dramático. Eu acho que a vitória é importante mesmo quando se tem cinco anos. O time Dois faz o primeiro gol.

O goleiro do time Um deu tudo de si, atirava seu corpo em frente as bolas que vinham, tentando defender valentemente. O time Dois, cercou o goleiro e bola pra lá, bola pra cá: fez o segundo gol. Isto enfureceu o pequeno goleiro. Ele gritava com seus colegas e se empenhava com toda a força que podia. O time Dois faz o terceiro gol.

Eu logo descobri quem era o pai do goleiro. Ele tinha boa aparência, simpático. Eu podia apostar que tinha vindo direto do escritório, gravata e tudo. Ele gritava encorajando o filho.

Depois do terceiro gol o pequeno goleiro mudou. Ele viu que não podia parar o adversário. O fracasso estava estampado em seu rosto. Seu pai mudou também. Ele tinha incentivado seu filho, gritando conselhos e palavras de encorajamento. Mas então mudou; ele ficou ansioso. Tentou dizer que estava tudo bem mas ele sofria com a dor que seu filho sentia.

Depois do quarto gol, eu sabia o que ia acontecer. Eu já tinha visto isto antes. O pequeno está necessitado de ajuda, e não havia ajuda. Ele pegou a bola na rede e entregou ao juiz, e então ele chorou. Ele apenas ficou lá, parado enquanto lágrimas enormes rolavam bochechas abaixo. Ele caiu de joelhos, e então eu vi seu pai invadir o campo. Sua esposa ainda tentou segurá-lo,
- Jim, não. Você o deixará ainda mais embaraçado.

Mas o pai do menino ignora que o jogo está em andamento. Terno, gravata, sapato e tudo, ele corre até seu menino. E ele o abraçou e beijou e chorou com ele!

Ele carregou o menino e quando chegaram à lateral do campo eu escutei ele dizer,
- Filho, estou muito orgulhoso de você. Você foi grande. Eu quero que todos saibam que você é meu filho.

- Papai, - o menino soluçou - eu não consegui parar eles. Eu tentei, Papai, Eu tentei e tentei e eles fizeram o gol em mim.

- Filho, não importa quantos gols eles fizeram em você. Você é meu filho e eu estou orgulhoso de você. Eu gostaria que você voltasse lá e terminasse o jogo. Eu sei que você quer sair, mas você não pode. E filho, você vai levar gol outra vez, mas isto não importa. Continue, vá.

Isto fez diferença. Quando se está completamente só, e está levando gols, e não pode parar o adversário, é importante saber que isto não importa para aqueles que amam você. O pequeno moleque correu de volta ao campo. O time Dois fez mais dois gols, mas tudo bem.

E no jogo da vida, eu tento arduamente. Eu atiro meu corpo em todas as direções. Eu me esforço com todo o peso de meu ser. E quando levo os gols e as lágrimas vêm e eu me ajoelho desanimado, meu Pai Divino corre campo adentro, na frente da multidão inteira, a multidão que zomba e ri, e Ele me pega no colo, me abraça e diz
- Eu estou muito orgulhoso de você! Você esteve grande lá. Eu quero que todos saibam que você é Meu filho. E como Eu controlo o resultado do jogo, Eu lhe declaro o vencedor!

domingo, 26 de abril de 2009

Gotas de óleo

Num quarto modesto, o doente grave pedia silêncio.
Mas a velha porta rangia nas dobradiças
cada vez que alguém a abria ou fechava.
O momento solicitava quietude,
mas não era oportuno para a reparação adequada.
Com a passagem do médico, a porta rangia,
nas idas e vindas do enfermeiro,
no trânsito dos familiares e amigos,
eis a porta a chiar, estridente.

Aquela circunstância trazia, ao enfermo e a todos
que lhe prestavam assistência e carinho,
verdadeira guerra de nervos.
Contudo, depois de várias horas de incômodo,
chegou um vizinho
e colocou algumas gotas de óleo lubrificante
na antiga engrenagem e a porta silenciou,
tranqüila e obediente.


Em muitas ocasiões há tumulto dentro de nossos lares,
no ambiente de trabalho, numa reunião qualquer.
São as dobradiças das relações
fazendo barulho inconveniente.
São problemas complexos, conflitos,
inquietações, abalos...
Entretanto, na maioria dos casos
nós podemos apresentar a cooperação definitiva
para a extinção das discórdias.

Basta que lembremos do recurso infalível de algumas
GOTAS DE COMPREENSÃO
e a situação muda.
-Algumas
GOTAS DE PERDÃO
acabam de imediato
com o chiado das discussões calorosas.
GOTAS DE PACIÊNCIA
no momento oportuno podem evitar grandes dissabores.
GOTAS DE CARINHO,
penetram as barreiras mais sólidas
e produzem efeitos duradouros e salutares.

Algumas
GOTAS DE SOLIDARIEDADE
e FRATERNIDADE
podem conter uma guerra de muitos anos.

- É com algumas
GOTAS DE AMOR
que as mães dedicadas abrem as portas mais emperradas
dos corações confiados à sua guarda.

- São as
GOTAS DE PURO AFETO
que penetram e dulcificam as almas ressecadas
de esposas e esposos,
ajudando na manutenção da convivência
duradoura.

- Nas relações de amizade, por vezes, algumas
GOTAS DE AFEIÇÃO
são suficientes para lubrificar as engrenagens
e evitar os ruídos estridentes da discórdia
e da intolerância.

Dessa forma, quando você perceber
que as dobradiças das relações
estão fazendo barulho inconveniente,
não espere que o vizinho venha solucionar o problema.
Lembre-se que você poderá silenciar qualquer discórdia
lançando mão do óleo lubrificante do amor,
útil em qualquer circunstância, e sem contra indicação.
Não é preciso grandes virtudes
para lograr êxito nessa empreitada.
Basta agir com sabedoria e bom senso.
Às vezes,
são necessárias apenas algumas
GOTAS DE SILÊNCIO
para conter o ruído desagradável
de uma discussão infeliz.

E se você é daqueles que pensa
que os pequenos gestos nada significam,
lembre-se de que as grandes montanhas
são constituídas de pequenos grãos de areia.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

UM HOMEM RICO

Apenas recentemente percebi que eu sou um homem muito rico.
Não da maneira definida pela sociedade.
Eu não tenho uma grande casa, um belo carro ou muito dinheiro.
Pode ser que, no futuro, eu tenha algumas destas coisas.

Ainda assim, eu sou um homem muito rico.

Tem vezes que chego a me sentir o homem o mais rico do mundo.

Minha riqueza vêm do coração e da alma e não do dinheiro.




Quando saio de casa pela manhã e ouço os pássaros cantar seus elogios à Deus, eu sei que sou um homem rico.

Quando olho para o céu e percebo a gloriosa beleza de um nascer do sol ou de um por do sol, eu sei que sou um homem rico.

Quando minhas crianças me dão um abraço ou quando minha esposa me acaricia, eu sei que sou um homem rico.

Quando ouço aquelas palavras mágicas "eu te amo" sussurradas em minha orelha, eu sei que sou um homem rico.

Quando meus cães lambem minha mão e saltam abanando o rabo alegremente, eu sei que sou um homem rico.

Quando posso encorajar e ajudar a um amigo ou trazer alegria para uma outra pessoa, eu sei que sou um homem rico.

Quando escrevo estas palavras e sei que podem ajudar a alguém por aí a perceber o quanto são ricas, eu sei que sou um homem rico.

Lembre-se do quanto você tem de riqueza nesta vida.
O amor e a alegria e a família e os amigos valem mais do que qualquer quantidade de dinheiro.

A própria vida é um presente sem preço nos dado por Deus.
Aproveite as verdadeiras riquezas da vida.
Comemore o tesouro de sua existência.
No final, a única riqueza que você pode levar desta vida é o amor, a alegria, e a felicidade que você criou nela.

quinta-feira, 19 de março de 2009

VOCÊ É

Você é forte
quando pega sua mágoa e
ensina a sorrir.

Você é corajoso
quando supera seu temor e
ajuda os outros a fazer o mesmo.

Você é feliz
quando vê uma flor e
se vê abençoado.

Você é amoroso
quando sua própria dor não lhe faz
cego à dor dos outros.

Você é sábio
quando conhece os limites
de sua sabedoria.

Você é verdadeiro
quando admite que há vezes
em que você se engana.

Você está vivo
quando a esperança de amanhã significa mais
a você do que o erro de ontem.

Você é livre
quando têm o controle de si e não
deseja controlar os outros.

Você é honrado
quando descobre que sua
honra é honrar os outros.

Você é generoso
quando pode receber tão docemente
quanto você pode dar.

Você é humilde
quando você não sabe como
pode ser humilhado.

Você é atencioso
quando me vê exatamente como sou e
me trata exatamente como você é.

Você é misericordioso
quando perdoa nos outros as faltas que
você condena em si mesmo.

Você é belo
quando não precisa que um
espelho lhe conte.

Você é rico
quando nunca precisa mais
do que o que você tem.

Você é você
quando está em paz com
quem você não é.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

As rãs

Um fazendeiro veio até a cidade e perguntou ao proprietário de um restaurante se ele queria ganhar um milhão de rãs.

O proprietário do restaurante ficou assustado e perguntou ao homem onde ele poderia conseguir tantas rãs!

O fazendeiro respondeu,
- Há uma lagoa perto de minha casa que está cheia de rãs - milhões delas. Todas coaxando por toda a noite e estão a ponto de me deixar louco!

Então o proprietário do restaurante e o fazendeiro fizeram um acordo: o fazendeiro entregaria as rãs no restaurante, quinhentas de cada vez pelas semanas seguintes.

Na primeira semana, o fazendeiro retornou ao restaurante parecendo particularmente encabulado, com duas pequenas e mirradas rãs. O proprietário do restaurante perguntou,
- Onde estão todas as rãs?

O fazendeiro respondeu,
- Eu me enganei. Haviam somente estas duas rãs na lagoa. Mas elas faziam muito barulho!!!

Da próxima vez que você ouvir alguém criticando ou gozando alguém, lembre-se que provavelmente é apenas um par de ruidosas rãs.

Lembre-se também que os problemas parecem sempre muito maiores no escuro.

Você tem se deitado à noite, preocupado com coisas que parecem oprimir como um milhão de rãs coaxando?

As coisas serão muito mais bonitas quando a manhã chegar, e se você olhar mais de perto, você se espantará com a tempestade feita em um copo d'água.

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Você é.

Você é forte
quando pega sua mágoa
e ensina a sorrir.

Você é corajoso
quando supera seu temor e ajuda os
outros a fazer o mesmo.

Você é feliz
quando vê uma flor e se
vê abençoado.

Você é amoroso
quando sua própria dor não lhe faz
cego a dor dos outros.

Você é sábio
quando conhece os limites
de sua sabedoria.

Você é verdadeiro
quando admite que há vezes em que
você se engana.

Você esta vivo
quando a esperança de amanhã significa
mais a você do que o erro de ontem.

Você é livre
quando tem o controle de si e não
deseja controlar os outros.

Você é honrado
quando descobre que sua honra
é honrar os outros.

Você é generoso
quando pode receber tão docemente
quanto você pode dar.

Você é humilde
quando você não sabe como
pode ser humilhado.

Você é atencioso
quando me vê exatamente como sou e me
trata exatamente como você é.

Você é misericordioso
quando perdoa nos outros as faltas que
você condena em si mesmo.

Você é belo
quando não precisa que um
espelho lhe conte.

Você é rico
quando nunca precisa mais do que
o que você tem.

Você é você
quando está em paz com quem
você não é.

sábado, 3 de janeiro de 2009

Gotas de óleo

Num quarto modesto, o doente grave pedia silêncio.
Mas a velha porta rangia nas dobradiças
cada vez que alguém a abria ou fechava.
O momento solicitava quietude,
mas não era oportuno para a reparação adequada.
Com a passagem do médico, a porta rangia,
nas idas e vindas do enfermeiro,
no trânsito dos familiares e amigos,
eis a porta a chiar, estridente.

Aquela circunstância trazia, ao enfermo e a todos
que lhe prestavam assistência e carinho,
verdadeira guerra de nervos.

Contudo, depois de várias horas de incômodo,
chegou um vizinho
e colocou algumas gotas de óleo lubrificante
na antiga engrenagem e a porta silenciou,
tranqüila e obediente.



Em muitas ocasiões há tumulto dentro de nossos lares,
no ambiente de trabalho, numa reunião qualquer.
São as dobradiças das relações
fazendo barulho inconveniente.
São problemas complexos, conflitos,
inquietações, abalos...

Entretanto, na maioria dos casos
nós podemos apresentar a cooperação definitiva
para a extinção das discórdias.

Basta que lembremos do recurso infalível de algumas
Gotas de Compreensão
e a situação muda.

-Algumas
Gotas de Perdão
acabam de imediato
com o chiado das discussões calorosas.

Gotas de Paciência
no momento oportuno podem evitar grandes dissabores.

Gotas de Carinho,
penetram as barreiras mais sólidas
e produzem efeitos duradouros e salutares.

Algumas
Gotas de Solidariedade
e Fraternidade
podem conter uma guerra de muitos anos.
- É com algumas
Gotas de Amor
que as mães dedicadas abrem as portas mais emperradas
dos corações confiados à sua guarda.
- São as
Gotas de Puro Afeto
que penetram e dulcificam as almas ressecadas
de esposas e esposos,
ajudando na manutenção da convivência
duradoura.
- Nas relações de amizade, por vezes, algumas
Gotas de Afeição
são suficientes para lubrificar as engrenagens
e evitar os ruídos estridentes da discórdia
e da intolerância.

Dessa forma, quando você perceber
que as dobradiças das relações
estão fazendo barulho inconveniente,
não espere que o vizinho venha solucionar o problema.

Lembre-se que você poderá silenciar qualquer discórdia
lançando mão do óleo lubrificante do amor,
útil em qualquer circunstância, e sem contra indicação.

Não é preciso grandes virtudes
para lograr êxito nessa empreitada.

Basta agir com sabedoria e bom senso.

Às vezes,
são necessárias apenas algumas
Gotas de Silêncio
para conter o ruído desagradável
de uma discussão infeliz.

E se você é daqueles que pensa
que os pequenos gestos nada significam,
lembre-se de que as grandes montanhas
são constituídas de pequenos grãos de areia.

sábado, 20 de dezembro de 2008

CHINELOS DOURADOS

Faltavam apenas cinco dias para o Natal.
O espírito da ocasião ainda não tinha me atingido, mesmo que os carros lotassem o estacionamento do shopping.

Dentro da loja, era pior.
Os últimos compradores lotavam os corredores.
- Por que vim hoje? Perguntei a mim mesmo.

Meus pés estavam tão inchados quanto minha cabeça.

Minha lista continha nomes de diversas pessoas que diziam não querer nada mas eu sabia que
ficariam magoados se eu não os comprasse qualquer coisa.

Comprar para alguém que tem tudo e com os preços das coisas como estão, fica muito difícil.

Apressadamente, eu enchi meu carrinho de compras com os últimos artigos e fui para a longa fila do caixa.

Na minha frente, duas pequenas crianças - um menino de aproximadamente 10 anos e uma menina mais nova, provavelmente de 5 anos.

O menino vestia roupas muito desgastadas.

Os tênis me pareceram grandes demais e as calças de brim muito curtas.

A roupa da menina assemelhava-se a de seu irmão.

Carregava um bonito e brilhante par de chinelos com fivelas douradas.


Enquanto a música de Natal soava pela loja, a menina sussurrava desligada mas feliz.

Quando nos aproximamos finalmente do caixa, a menina colocou, com cuidado, os chinelos na esteira. Tratava-os como se fossem um tesouro.
O caixa anunciou a conta.
- São $6,09. Disse.

O menino colocou suas moedas enquanto procurava mais em seus bolsos. Veio finalmente com $3,12.
- Acho que vamos ter que devolver. - disse.
Nós voltaremos outra hora, talvez amanhã.

Com esse aviso, um suave choro brotou da pequena menina.
- Mas Jesus teria amado esses chinelos. Ela resmungou.

- Bem, nós vamos para casa e trabalharemos um pouco mais.
Não chore.
Nós voltaremos. Disse o menino.

Rapidamente, eu entreguei $3,00 ao caixa.

Estas crianças tinham esperado na fila por muito tempo. E, além de tudo, era Natal.

De repente um par de braços veio em torno de mim e uma pequena voz disse,
- Agradeço, senhor.

- O que você quis dizer quando falou que Jesus teria gostado dos chinelos? Eu perguntei.

O pequeno menino me respondeu,
- Nossa mãe está muito doente e vai pro céu.
Papai disse que ela pode ir antes mesmo do Natal, estar com Jesus.

E a menina completou,
- Meu professor disse que as ruas no céu são de ouro, brilhantes como estes chinelos. Mamãe não ficará bonita andando naquelas ruas com esses chinelos?

Meus olhos inundaram-se de lágrimas e eu respondi,
- Sim, tenho certeza que ficará.

Silenciosamente agradeci a Deus por usar estas crianças para lembrar-me do verdadeiro espírito de Natal.
[]
O importante no Natal não é a quantidade de dinheiro que se gasta, nem a quantidade de presentes que se compra, nem a tentativa de impressionar amigos e parentes.

O Natal é o amor em seu coração, é compartilhar com os outros como Jesus compartilhou com cada um de nós.
O Natal é o nascimento de Jesus que Deus nos enviou para mostrar o quanto nos ama realmente.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

MOMENTO PARA NÃO ESQUECER

Seu nome é Joe.
Tem o cabelo um tanto quanto selvagem, usa velhas camisas que até tem alguns furos, calças jeans e, na maioria das vezes, nenhum calçado.
Esta foi sua indumentária durante os seus quatro anos de faculdade.
É brilhante.
Um tipo meio estranho (aliás muito estranho), mas muito brilhante.
Acabou por se tornar um cristão durante o período de faculdade.

Situada em uma rua do campus, a igreja era freqüentada por pessoas muito bem vestidas e muito conservadoras.

Um dia Joe decidiu ir até lá.
Adentrou com aquele seu jeito: descalço, calças jeans, camiseta e seu cabelo selvagem.
A cerimônia já tinha começado e Joe andou pelos corredores à procura de algum lugar vago. A igreja estava completamente cheia e ele não conseguiu encontrar um assento.

Podia-se perceber que para algumas pessoas a situação era incômoda, mas ninguém disse nada.
Joe foi chegando cada vez mais perto do altar e quando percebeu que não havia nenhum assento vago, ele simplesmente sentou-se direto no tapete.
Embora fosse um comportamento perfeitamente aceitável em meio à uma faculdade, isto nunca tinha acontecido naquela igreja.

Agora as pessoas estavam visivelmente irritadas e a tensão podia ser sentida no ar.

O ministro percebeu que saindo dos fundos da igreja, um velho padre caminhava lentamente em direção à Joe.
O diácono está com seus quase oitenta anos, o cabelo chega a ser prateado, veste um elegante terno e traz um relógio de bolso.
Um homem devoto, muito elegante, muito digno, muito nobre.
Caminha com um bastão e enquanto anda em direção ao jovem, todos dizem a si mesmos
- Não se pode responsabilizá-lo pelo que irá fazer.
Não se deve esperar que um homem com esta idade e formação, vá compreender um jovem da faculdade sentado no chão da igreja...

Passa-se um bom tempo até o homem alcançar o jovem.
A igreja está em total silencio, à exceção do estalar do bastão.
Todos os olhos estão fixos nele.
Não se ouve nem uma respiração qualquer.
As pessoas estão pensando, o ministro não pode fazer a leitura até que o diácono faça o que tem que fazer.

E então vêem aquele homem idoso deixar cair seu bastão no chão.
Com grande dificuldade se abaixa e senta-se ao lado de Joe e lhe diz
- Assim você não estará sozinho.

Estão todos ainda sufocados pela emoção, quando o ministro recupera o controle e diz,
- O que estou a ponto de lhes dizer, vocês jamais se lembrarão.
O que vocês acabaram de assistir, jamais se esquecerão.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

AS JANELAS DOURADAS

O menino trabalhava duro o dia todo, no campo, no estábulo e no galpão, pois seus pais eram fazendeiros pobres e não podiam pagar um ajudante. Mas quando o sol se punha, seu pai deixava aquela hora só pra ele.

O menino subia para o alto de um morro e ficava olhando para o outro morro, alguns quilômetros
ao longe. Nesse morro distante, via uma casa com janelas de ouro brilhante e diamantes.

As janelas brilhavam e reluziam tanto que ele piscava. Mas, pouco depois, as pessoas da casa fechavam as janelas por fora, ao que parecia, e então a casa ficava igual a qualquer casa comum de fazenda.

O menino achava que faziam isso por ser hora do jantar; então voltava para casa, jantava seu pão com leite e ia se deitar.

Um dia, o pai do menino chamou-o e disse:

- Você tem sido um bom menino e ganhou um feriado. Tire esse dia para você, mas lembre-se de que Deus o deu, e tente usar para aprender alguma coisa boa.

O menino agradeceu ao pai e beijou a mãe.

Guardou um pedaço de pão no bolso e partiu para encontrar a casa de janelas douradas.

Foi uma caminhada agradável. Os pés descalços deixavam marcas na poeira branca e, quando olhava para trás, parecia que as pegadas o estavam seguindo e fazendo companhia. A sombra também seguia ao seu lado, dançando e correndo
como ele desejasse: estava muito divertido.

O tempo foi passando e ele ficou com fome. Sentou-se à beira de um riacho
que corria atrás da cerca de amoeiro e comeu seu almoço, bebendo a água clara. Depois jogou os farelos para os passarinhos, como sua mãe ensinara, seguindo em frente.

Passando um longo tempo, chegou ao morro verde e alto. Quando subiu ao topo, lá estava a casa. Mas parecia que haviam fechado as janelas, pois ele não viu nada dourado. Chegou mais perto e aí quase chorou, porque as janelas eram de vidro comum, iguais a qualquer outra, sem nada de ouro nelas.

Uma mulher chegou à porta e olhou carinhosamente para o menino, perguntando
o que ele queria.

- Eu vi as janelas de ouro lá do nosso morro - disse ele - e vim para vê-las, mas agora elas são só de vidro!

A mulher balançou a cabeça e riu.
- Nós somos pobres fazendeiros - disse -, e não iríamos ter janelas de ouro. E o vidro é muito melhor para se ver através!

Fez o menino sentar-se no largo degrau de pedra e lhe trouxe um copo de leite e um pedaço de bolo, dizendo que descansasse. Então chamou a filha, da idade do menino; acenou carinhosamente com a cabeça, para os dois e voltou aos seus afazeres.

A menininha estava descalça como ele e usava um vestido de algodão marrom, mas os cabelos eram dourados como as janelas que ele tinha visto e os olhos eram azuis como o céu ao meio-dia. Ela passeou com o menino pela fazenda e mostrou a ele seu bezerro preto com uma estrela branca na testa; ele contou do seu próprio bezerro em casa, que era castanho-avermelhado com as quatro
patas brancas.

Depois, quando já haviam comido uma maçã juntos, e assim se tornado amigos, ele perguntou a ela sobre as janelas douradas. A menina confirmou, dizendo que sabia tudo sobre elas, mas que ele havia errado de casa.

- Você veio na direção completamente errada! - disse ela. - Venha comigo, vou mostrar a casa de janelas douradas e você vai conferir onde fica.

Foram para um outeiro que se erguia atrás da casa, e, no caminho, a menina contou que as janelas de ouro só podiam ser vistas a uma certa hora, perto do pôr-do-sol.

- É isso mesmo, eu sei! - disse o menino.

No cimo do outeiro, a menina virou-se e apontou: lá longe, num morro distante, havia uma casa com janelas de ouro brilhante e diamantes, exatamente como ele havia visto. E quando olhou bem, o menino viu que era sua própria casa!

Logo, disse à menina que precisava ir. Deu a ela sua melhor pedrinha, a branca com listra vermelha, que levava há um ano no bolso. Ela lhe deu três castanhas-da-índia: uma vermelha acetinada, outra pintada e outra branca
como leite. Ele deu-lhe um beijo e prometeu voltar, mas não contou o que descobrira. Desceu o morro, enquanto a menina o olhava na luz do poente.

O caminho de volta era longo e já estava escuro quando chegou à casa dos pais. Mas o lampião e a lareira luziam através das janelas, tornando-as
quase tão brilhantes como as vira do outeiro.

Quando abriu a porta, sua mãe veio beijá-lo, e a irmãzinha correu para abraçá-lo pelo pescoço, sentado perto da lareira, seu pai levantou os olhos e sorriu.

- Teve um bom dia? - perguntou a mãe.

- Sim! - o menino havia passado um dia ótimo.

- E aprendeu alguma coisa? - perguntou o pai.

- Sim! - disse o menino. - Aprendi que nossa casa tem janelas de ouro e diamantes...