Por onde andará aquela
que, mesmo ausente,
me faz sonhar
e sofrer
como um demente
para quem o tempo
pouco conta
porque o sentimento
é uma afronta
a este coração
carente
de afecto
e de ilusão
que no corpo,
mero objecto,
se amedronta
sem razão...
Por onde andará aquela
que faz noite
dentro de mim
e me flagela
sem dó
nem piedade
com o acoite
amargo
da saudade
onde trago
a felicidade...
Por onde andará aquela
que me enfeitiçou
e brilhou
como uma estrela
no meu olhar
que deixou
a chorar
desesperadamente
no dia
em que a paixão
secou
dentro do meu coração
e a amante
virou confidente...
Por onde andará
que fará
que dirá
a quem amará
a Cinderela
do meu Verão
a donzela
que me incendiou
por inteiro
e me fez chorar
lágrimas de dor
para regar
o nosso amor...
Por onde andará aquela
que no meu peito
deixou a sequela
de um sonho
desfeito...
Por onde andará?
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