Quero ser outra vez novo, puro, cristalino.
Quero lavar-me, cada manhã, do homem velho,
da poeira velha, das palavras gastas, dos gestos rituais.
Quero reviver a primeira manhã da criação,
o primeiro abrir dos olhos para a vida.
Quero que cada manhã, a alma desabroche do sono
como a rosa do botão, e surja,
como a aurora do oceano,
ao sorriso dos teus lábios, ao gesto de tua mão.
Quero me engrinaldar para a festa renovada
com que cada dia nos convidas e desdobrar
as asas como a águia em demanda do sol.
Quero crer, a cada nova aurora,
que esta é a definitiva,
a do encontro com a felicidade,
a da permanência assegurada,
a de teu sim definitivo.
segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008
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