segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

SEGUE O RIO

Segue o rio seu destino lento
Perpétuo percurso de mágoas
Em verdes nuances de suas águas
Límpida pureza do alimento.




Líquido mágico de poderosa maestria
Submissa entrega predestinada
Silencioso entre árvores, ávidas deste poder;
Prossegue em silencio, finge não querer ver.




Segue o rio sua cálida sina
Indiferente, perdido em sua memória;
Traçando seu curso de limos momentos
Recebendo a ingratidão dos excrementos.




Segue o rio seu padecer lento
A lua e o sol entre véus se perdendo
Sem aviso ou perdão, turvo, seu triste ser!
Espelho da vida segue seus passos a fenecer.

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