terça-feira, 24 de junho de 2008

ANTE AS CRÍTICAS

Ante as críticas que recebas ao teu trabalho, continua trabalhando,

e o teu próprio trabalho se incumbirá de respondê-las com argumentação

irrefutável.

Ante as críticas assacadas contra a Doutrina, não te exaltes,

porquanto o tempo é o invencível defensor da Verdade.

Somente a crítica sincera merece resposta.

Quem agride demonstra fragilidade.

Às críticas bem intencionadas, Allan Kardec sempre respondeu à

altura, aproveitando o ensejo para dirimir dúvidas e esclarecer de forma

mais ampla quanto aos pontos essenciais do Espiritismo.

Os detratores de uma idéia são aqueles que mais colaboram

em sua propaganda. Vejamos o exemplo do auto-de-fé em

Barcelona, quando as obras espíritas foram incineradas em praça pública...

Com aquela medida extrema, atentatória à liberdade de pensamento, a

Doutrina foi manchete nos jornais da época e todos quiseram conhecer o

conteúdo dos livros que a Igreja confiscara a condenara às chamas da

fogueira inquisitorial.

Não percamos a serenidade ante os que atacam a fé espírita,

procurando confundir a opinião pública, deturpando propositadamente os

seus postulados.

A fonte, em suas origens, não pode ser maculada por aqueles que

lhe atirem calhaus, à distância...

Codificada, a Doutrina encontra-se resguardada contra os seus

adversários, já que a qualquer tempo poderá ser consultada em suas bases.

Não nos deixemos embaraçar pela maledicência.

De passo firme, sigamos adiante, edificando dentro de nós a

fortaleza intransponível do dever realmente cumprido.

O que teríamos de melhor a fazer, afora o trabalho espírita que

aguarda o concurso de nossas mãos?!

Não estivessem os nossos caminhos claramente delineados pela

Doutrina, por que atalhos escuros estaríamos nos perdendo, neste exato

momento?!

Surdos à zoada em torno, atentemos para a Voz que conclama à

frente...

Lutas?! Haveremos de enfrentá-las sempre, principalmente com

aqueles que não querem o nosso progresso.

Os que não puderem nos acompanhar os passos pelejarão para

reter-nos na retaguarda.

Falando ao jovem Timóteo, asseverou Paulo: “Se alguém ensina

outra doutrina e não concorda com as sãs palavras de nosso Senhor

Jesus Cristo e com o ensino segundo a piedade, é enfatuado, nada

entende, mas tem mania por questões e provocação, difamação,

suspeitas malignas, altercações sem fim, por homens cuja mente é

pervertida e privados da verdade, supondo que a piedade é fonte de lucro.”

Desembaracemo-nos de quem, segundo o apóstolo, “tem mania por

questões e contendas de palavras”.

Não nos deixemos envolver pelos detalhes, esquecendo o que é

essência.

Ouçamos as críticas, verificando o que tenham de aproveitável;

anotemos as observações e advertências que nos sejam feitas, procurando

corrigir-nos no que for necessário; mas não nos deixemos contagiar por

elas, no que podem representar em desalento e tristeza, amargura e

descrença aos nossos propósitos de trabalhar e servir

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