terça-feira, 3 de agosto de 2010

FÉ E OBRAS

"A fé, se não tiver obras, é morta em si mesma."

Tiago, 2:17





Imaginemos o mundo transformado num templo vasto, respeitável sem
dúvida, mas plenamente superlotado de criaturas em perene adoração ao
Céu.

Por dentro, a fé reinando sublime:

Orações primorosas...

Discursos admiráveis...

Louvores e cânticos...

Mas por fora, o trabalho esquecido:

Campos em desamparo...

Enxadas ao abandono...

Lareiras em cinza...

De que teria valido a exaltação exclusiva da fé, senão para estender a
morte no mundo que o Senhor nos confiou para a glória da vida?

Não te creias, desse modo, em comunhão com a Divina Majestade,
simplesmente porque te faças cuidadoso no culto externo da religião a
que te afeiçoas.

Conhecimento nobre exige atividade nobre.

Elevação espiritual é também dever de servir ao Eterno Pai na pessoa
dos semelhantes.

É por isso que fé e obras se completam no sistema de nossas relações
com a Vida Superior.

Prece e trabalho.

Santuário e oficina.

Cultura e caridade.

Ideal e realização.

Nesse sentido, Jesus é o nosso exemplo indiscutível.

Não se limitou o Senhor a simples glorificação de Deus nos Paços
Divinos, quanto à edificação dos homens. Por amor infinitamente a
Deus, na sublime tarefa que lhe foi cometida, desceu à esfera dos
homens e entregou-se à obra do amor infatigável, levantando-nos da
sombra terrestre para a Luz Espiritual.

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