sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

À Eternidade

A bruma seca apertava o peito.
O entardecer se alongava,
ao longe a terra abraçava o infinito,
pairava no ar uma tristeza
que convidava a quietude, a reflexão.

Tudo calado, o calor dominava o ar.
O rio silencioso sequer tremulava...
De repente o vento surgiu do meio do nada,
chicotando as árvores, quebrando galhos,
fazendo voar as folhas secas,
quebrando, das águas, a mansidão...

O calor abafou o ar, o céu escureceu.
Chuva, raio, vento ardendo as faces,
gotas de água misturadas as lágrimas,
amargas pelo medo e ansiedade
do longínquo instante do ser humano!

Há lugares onde não se pode voltar,
Há lugares onde é preciso voltar,
Há lugares que não se deve voltar,
Há coisas que não se pode tocar
Apenas sentir... pois é impossível
mudar a música de nossa alma.

Eternidade te ofereço toda a saudade que sinto,
Espelhada na luz da lua, magia do porvir.
Eterna sou - para descobrir que é permante a vida,
ainda que ao olhar só veja a escuridão
de um sonho impossível!

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