Desequilíbrio entre os maiores desequilíbrios que dilapidam as forças da existência: a fadiga inútil.
Semelhante cansaço vai se alastrando e ganhando áreas: comparece na retaguarda dos fichários de consultórios e nosocômios, por fator desencadeante de numerosas enfermidades; por trás de grande contingente dos desastres de trânsito; na fase de muitas' segregações carcerárias por motivo a infrações e delitos; e no âmago de muitas resoluções infelizes que acabam em suicídio ou frustração.
É imperioso considerar, porém, que esse tipo de exaustão não procede do trabalho físico que se ergue, quase sempre, por alavanca de refazimento renovador, e sim de inquietações corrosivas oriundas da caça de gratificações inoportunas, no imediatismo da experiência humana ou em manifestações de rebeldia ou inconformidade.
Quanto puderes, usando bondade e tolerância, auxilia a enxugar as engrenagens do cotidiano, expurgando-as de quaisquer resíduos de pessimismo e azedume deixados aí pelas aflições desnecessárias.
Ninguém se corporifica na Terra sem planos de trabalho, com vistas ao próprio burilamento, e nenhum trabalho de sublimação se verifica sem os testes respectivos.
O vínculo amargo, o desafio ao entendimento, a visita da tentação, o instante de renúncia ou o tempo de crise são trilhas de acesso às conquistas da alma.
Não admitas a dificuldade ou a tribulação como sendo pancadas de angústia, esterilizando-te a vida espiritual.
Recebe-as por lições que te procuram o campo íntimo, observando o que te dizem pelo idioma inarticulado das provas.
E, agindo com paciência e esperança, serenidade e abnegação, imunizar-te-ás contra as calamidades do cansaço vazio, preservando a ti mesmo e auxiliando aos outros, a fim de se firmarem com segurança na ascensão para Deus.
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