sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

PARA TODO O SEMPRE

Poucos são abençoados com o amor...
Sim! Aquele incondicional
Que transcende os prazeres da carne e
farta-se do espiritual...

Almas comprometidas...
Nesta vida ou em outrora,
Onde juntos desfolham o envelhecer...
Orgulhosos de sua história!

Poucos abençoados com o amor...
Aquele de incondicional descomprometimento
Com o tipo físico, idade ou cor...
Qualquer beleza pueril de sentimento!

Aquele que Deus coloca as mãos e
Segue pela eternidade,
Que sorri na vitória do outro,
Ainda que pese a saudade...

Apesar da ausência,
Sabe encurtar no encontro das almas...
Que molda a vida com sabedoria e paciência,
Nas tempestades que o diálogo acalma!

Bendito aquele que tem esse amor,
Ainda que em triste lápide de uma sepultura,
Coberta de saudade...
Reconhece que nada mais ali existe,
Senão a certeza do reencontro na eternidade!

Que ainda aqui segue amando,
Como se ao outro estivesse esperando!
Ainda que refaça a sua vida,
nos comprometimentos do reencarne...
Entrega a alma àquele que partiu e a outro
a boba carne!

Poucos são abençoados com o amor...
Ainda que a morte venha apartá-los,
Aquele juntado por Deus,
Inútil separá-los !

É tentar separar o gota do oceano,
O grão de areia das dunas!
O vento do ar...
As ondas das espumas !

É tentar conter a pureza da criança...
Do crente, a fé!
Separar o óleo da água,
Tirar do maratonista os pés!

O que foi juntado por Deus,
Ninguém é capaz de separar !
Por sorte...
Nem a morte !

É querer separar o riso do palhaço,
A ave do céu, o peixe da água,
o filho do ventre...

Que assim seja!
Que assim seja!
PARA TODO O SEMPRE...

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