sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

“SÓ

Hoje me encontro

A mercê do meu corpo desfalecido

No lúgubre temor que me toma

Que invade o meu coração

Deixando esse vazio imenso.

Um silêncio atroz me resta

E por mais que negue

Só ele se faz companheiro agora.

Me desfaço de todas as ilusões

Ignoro a vida

Para me atrelar apenas e tão somente

Nessa falta de emoção que me invade

Nem riso, nem lágrimas

Nem dor, nem lamento

Nada!

Deixo minh´alma vagar

Nua... Pelos meus dias.

E fico vagando em círculos

Para não chegar a lugar nenhum.

Nada balbucio

Me falta palavras

Restando apenas esse gosto amargo na boca.

Deixo que tudo se faça

Com os lábios selados

Os olhos secos

E o coração calado.

Vou indo... Sem parar

Enquanto tudo se amarga ao meu redor.

E assim se faz o tempo

E acontece a vida

E morre todos os momentos.

Amanhã...

Amanhã será o mesmo de ontem

O nada de hoje.

E eu?

Eu estarei aqui:

Calado, amordaçado

Sem saber dos meus dias.

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