Hoje me encontro
A mercê do meu corpo desfalecido
No lúgubre temor que me toma
Que invade o meu coração
Deixando esse vazio imenso.
Um silêncio atroz me resta
E por mais que negue
Só ele se faz companheiro agora.
Me desfaço de todas as ilusões
Ignoro a vida
Para me atrelar apenas e tão somente
Nessa falta de emoção que me invade
Nem riso, nem lágrimas
Nem dor, nem lamento
Nada!
Deixo minh´alma vagar
Nua... Pelos meus dias.
E fico vagando em círculos
Para não chegar a lugar nenhum.
Nada balbucio
Me falta palavras
Restando apenas esse gosto amargo na boca.
Deixo que tudo se faça
Com os lábios selados
Os olhos secos
E o coração calado.
Vou indo... Sem parar
Enquanto tudo se amarga ao meu redor.
E assim se faz o tempo
E acontece a vida
E morre todos os momentos.
Amanhã...
Amanhã será o mesmo de ontem
O nada de hoje.
E eu?
Eu estarei aqui:
Calado, amordaçado
Sem saber dos meus dias.
sexta-feira, 11 de janeiro de 2008
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