segunda-feira, 3 de março de 2008

NOSSA CRUZ

Ninguém se queixe inutilmente.

A dor é processo.

A perfeição é fim.

Assim sendo, caminheiros da evolução ou da redenção têm, cada qual, a sua cruz.

Esse almeja, aquele deve.

E para realizar ou ressarcir, a vida pede preço.

Ninguém conquista algo, sem esforçar-se de algum modo; e ninguém resgata esse ou aquele débito, sem sofrimento.

Enquanto a criatura não adquire consciência da própria responsabilidade, movimenta-se no mundo à feição de semi-radical, amontoando problemas sobre a própria cabeça.

Entretanto, acordando para a necessidade de paz consigo mesmo, descobre de imediato a cruz que lhe cabe ao próprio burilamento.

Encarnados e desencarnados, jungidos à Terra, vinculam-se todos ao mesmo impositivo de progresso e resgate.

No círculo carnal, a cruz é a dificuldade orgânica, o degrau social, o parente infeliz…

No plano espiritual, é a vergonha do defeito íntimo não vencido, a expiação da culpa, o débito não pago…

Tenhamos, pois, a coragem precisa de seguir o Senhor em nosso andeio de ressurreição e vitória.

Para isso, porém, não nos esqueçamos de que será preciso olvidar o egoísmo enquistante e tomar nossa cruz.

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