Ama o próximo como a ti mesmo.
A regra áurea reconhece o amor a nós próprios, justificando a necessidade do auto-apreço, para que não estejamos pregando estima aos outros, a chafurdar-nos em desmazelo.
Muito naturalmente aspiramos ao respeito pelos direitos que a vida nos atribui.
Almejamos a cooperação de muitos para que os nossos deveres se façam bem cumpridos.
Nas horas do erro, agradecemos a caridade dos que nos propiciem o reconforto da tolerância.
Nos momentos de acerto, sentimos noivo impulso ao serviço ante os estímulos da amizade.
Acicatados pela necessidade, queremos que os outros nos auxiliem.
Doentes, não duvidamos de que o próximo tem a obrigação de amparar-nos.
Diante daqueles que amamos exigimos a consideração dos que se aproximam.
Nas tarefas que impelidos a realizar aguardamos a avaliação afetiva dos que andam conosco.
Forçoso observar que os outros esperam também tudo isso.
A incompreensão aborrece-nos, o sarcasmo que se nos atira mais se assemelha a esbraseado estilete com que se nos revolve os tecidos da alma.
Acontece o mesmo na sensibilidade de quantos nos cercam.
Por outro lado, não nos seria lícito receitar educação para os semelhantes sem sermos educados, e nem apelar para o caráter alheio se nos amodorramos no charco da incúria.
"Ama o próximo como a ti mesmo", diz a norma de ouro.
Nada de endeusar-nos, nem aparentar valor que não temos, mas respeitar-nos, garantindo ao nosso espírito o dom de aprender, servir e melhorar-nos com tranqüilidade de consciência.
Para chegarmos a isso, reconhecer que, em tudo, é preciso dar e fazer aos outros tudo aquilo que desejamos seja dado e feito a nós.
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