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domingo, 5 de dezembro de 2010

SOBRE O NATAL

De bambinelas e de cobertas coloridas,
se enfeitam as janelas;
e as casas enchem-se de luzes, parecidas com elas.

Na cozinha vai um grande rodopio,
de volta das refeições;
escutam as crianças histórias, cheias de emoções.

Todos saem para comprarem os presentes;
as lojas estão cheias;
e as prendas ficam dependuradas, dentro das meias.

O bom velhinho virá de trenó, com seu
gorro vermelho;
trará brinquedos aos molhos e até um espelho.

E de manhã há uma grande alegria e uma enorme
emoção;
que palpitando vai e vem dentro de cada coração.

É que todos querem ver o que lhes calhou em sorte,
no meio de tanto papel;
e a criança segura na mão, ora o brinquedo ora o cordel.

E no chão da casa, ergue-se uma distinta cidade,
com peões e passadeiras;
sirenes de brincar, desenrolando mangueiras.

Todos estão felizes, menos um menino, que espreita
pela vidraça;
vendo lá fora um mendigo enregelando na praça.

Lembremo-nos, que o Natal é para todos, não só para
alguns quantos;
quem dera um sorriso. se os mendigos não fossem tantos.

sábado, 19 de janeiro de 2008

O NOSSO AMOR

Se um dia tuas lágrimas virarem dores
Que seja brando contigo, e, escutando
O silêncio, que te envolve, miles flores
Te traga, para contigo, então chorando

Nos envolvamos doutros miles amores.
Se um dia de mim estiveres duvidando,
E antepondo ouvidos aos caluniadores,
Que silente eu parta de ti me afastando.

E se então vires que tudo foi só engano
E maledicência corre leda atrás de mim
Eu te receberei nunca de ti estranhando.

Saberemos aí, o quanto o amor é capaz
Sem espécie de pudores, pois, o jardim,
Que construímos, é um mausoléu à paz.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

QUANDO VIRÁS PARA ME AMAR

Quando virás lá de longe para me amar?
Quando serei teu, enfim, sem reservas?
Navego solitário e a sós neste imenso mar
Carregado pelo colo das sensuais servas,

Que Ódin fez descer à Terra para ouvir,
Os meus muitos lamentos mais grotescos.
Mas, se tudo isto, são só penas de carpir,
Acabam-se aqui os distintos parentescos.

Tão sozinho é como eu meu sinto agora,
E a minha alma contigo, enfim, namora,
Mais que tudo isto é quimera de verve…

E vou daqui para outro lugar, buscar-te…
E se quiseres saber qual o meu estandarte,
Eu sou só aquele que nada mas nada deve.

sábado, 15 de dezembro de 2007

RENASCIMENTO

Não trocaria um hora do meu ridículo passado,
Por um minuto sequer do meu fresco presente.
Cada momento perpassa, um novo significado,
Que me dá alento e jamais, torna-me ausente.

E tenho miles de razões, para parecer alojado
Neste novo mundo, que me deixa tão contente,
Sendo que nunca mais me senti aí deslocado,
Tão pouco, ante os demais, senti-me diferente.

Trago comigo a verdade e o amor, lado a lado,
Minha poesia é sinónimo de grito e de harmonia,
Nunca um verso, por mim dito, foi almiscarado,

Co falsos olores ou ditas omissões regateadas.
E é assim que hoje vivo a vida em vera sintonia,
Como as folhas, em suaves brisas, ali sopradas.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

AINDA É POSSÍVEL

O que eu mais queria era que houvesse
Uma real convergência, entre os povos,
Força, hegemonia, entre velhos e novos
Que se calasse o fuzil, tudo que carece.

Não mais se ouvisse, a metralha mortal,
Decepando membros sem alguma razão
Que, todo o Homem, estendesse a mão,
Num gesto simples, abnegado e cordial.

Tudo isto é possível, a começar por nós,
Basta trazer nos lábios um sorriso firme,
E nunca caminharemos no mundo a sós.

Deixar de lado a altivez, a vil prepotência
Que nos borda, como uma cesta de vime,
Só precisamos, dum pouco de paciência.

A MI MUSA

Tu cabello sedoso escondiendo tu rostro
Tus labios finos en una sonrisa bien abierta
Me hacen preguntar, quien allí tendrá puesto,
En mis manos, ser así, tan discreto.

Y, es de esa discreción, que haces a tu vida
A ninguno perturbando, siendo que cariño
Algunas veces precises, que la vida te es debida
Rosas, sándalos, ungidos en rosamariño.

Musa de todos los vates, supiste escoger,
Quien tembló, dentro de ti, allá permanecerá,
Contra todo y contra todos, sagaz luchando.

Siempre conmigo y con mi pobre corazón
En salva de plata me sirves la inspiración,
Y en poemas, versos, odas, voy cantando.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

RESCATADO

Cuando te vi, por la primera vez, no sabía de mi,
Y fuiste tu mi estrella guía, que me reorganizó.
Como en un de repente, me apasioné, de mi para ti,
Y, desde luego, toda la vida pasada mía, cambió.

No quise saber mas de espectros – ó dócil alecrim!
Y fue la sutil llegada tuya de la nada, que caracterizó
A mi tendencia suicida, buscando cualquier fin,
Con palabras de sabiduría, a quien tanto buscó.

Mis venas, como rojas varices, son testimonio,
De lo mucho que en esta vida sufrí, durmiendo al reliento;
Lejos sin quejumbre, así callado, frío en puño.

Pero, todo eso es pasado, que no tiene mas vuelta,
Ahora vivo mi día a día contigo, tu dulce aliento,
Y teniendo apenas, el amor nuestro, libre y sin escolta.

SOLIDÃO ATROZ

O que fizeres hoje ser-te-á cobrado, mais adiante,
De forma simplesmente rude ou deveras elegante,
Isto porque as pessoas não esquecem a intenção,
De lhe soçobrares, impunemente a gran condição.

E de ter presente, que a nossa vida, só vai avante,
Se não suplicares tua miséria, agora ou doravante.
Quantas as vezes nossa ignorância porfia a razão,
E junto ao espelho, para nossa gran contemplação,

Nos adoramos, como a um qualquer deus, a instar
O nosso motivo pois que nada devemos a ninguém
E que nosso gesto, bom ou mau, deve aí perdurar.

O credo é teu e é com ele que deves ter concórdia,
Para que na tua senilidade não machuques alguém
Que a todo o custo e bom senso, evita vil discórdia

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

PROPÓSITOS

Todos temos um propósito, mau ou bom,
O gesto nos dirá se fomos consequentes
Ante o passo dado, a palavra de seu tom
E se as pessoas, revelaram-se inerentes.

A pressa é a inimiga da astuta perfeição,
Ter um propósito não significa concórdia
Útil é que o que nos é dado, traga razão,
E não nos percamos, a meio à discórdia.

Alto o pendão, ergamos as ferramentas,
Saibamos que nem tudo é consistência,
Que muitas causas, tornam ferrugentas.

Porém o propósito mantém-se inalterável,
E tudo cabe menos a virulenta desistência
E de músculos e nervos se faz impagável.

RESGATADO

Quando te vi, pela primeira vez, não sabia de mim,
E foste tu minha estrela guia, que me reorganizou.
Como num repente, apaixonei-me, de mim para ti,
E, desde logo, toda a minha vida passada, mudou.

Não quis saber mais de espectros – ó dócil alecrim!
E foi a tua subtil chegada do nada, que caracterizou
A minha tendência suicida, buscando qualquer fim,
Com palavras de sabedoria, a quem tanto procurou.

Minhas veias, como roxas varizes, são testemunho,
Do muito que nesta vida sofri, dormindo ao relento;
Embora sem queixume, assim calado, frio em punho.

Mas, tudo isso é passado, que não tem mais volta,
Agora vivo o meu dia a dia contigo, teu doce alento,
E tendo apenas, o nosso amor, livre e sem escolta.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

A CRIANÇA QUE HÁ EM NÓS

Há mais verdade numa criança sorrindo
Que num adulto que vive a vida pedindo
Que atentem a seu modo tão engraçado
Pois no fim ele vive só, descompassado.

Ah! mas se todos, fossemos indo e vindo,
Ao compasso deste mundo tão desavindo
Colhendo as flores de um jardim qualquer
Aí saberíamos o que cada um de nós quer.

E o Homem cresce sem atentar na criança,
Julgando seu juízo, repetindo seu mui valor,
Olvidando desde logo qualquer esperança.

Esperança que a tudo move e nos faz gente
Para que escutemos no fundo nosso interior
Que nos afirma: vivamos aqui humildemente.

domingo, 2 de dezembro de 2007

ACORDAR PARA A VIDA

Quão triste e severo é viver-se abatido
Sem uma réstia de esperança na vida,
Nem golpe de asa deveras destemido,
Nem causa, propositadamente devida.

Quando o verso sem qualquer destino,
Às gentes rústicas, viris não empertiga
A estreita porta cerra o nosso caminho
E somos aí como um estranho conviva.

Rodeados de pessoas somos sozinhos,
E a nada achamos graça ou disposição
Destemidos e inúteis vão-se os vizinhos

Que não encontram a palavra amistosa,
Acalentando humilde, o restrito coração,
Ficam-se os espinhos e olvida-se a rosa.

REPLANTAR A VIDA

Tudo me estranha nesta vida, corrupção,
Ganância, inveja, vil soberba descarada,
Esquecendo por completo a humanização,
Da pessoa que não esconde e dá a cara.

Embora a guerra traga consigo a solidão,
As pessoas, enfim, não vêem mais nada,
Tal é a constante, mui sofrida sofreguidão
Com que se entregam à fútil e vil estrada.

Tudo isto por religião, deveras mal gerida,
Cada qual com sua razão perdendo juízo,
À medida que a virtuosa Terra é destruída.

Foices e martelos, arados singrando chão,
É só isto e apenas isto que é aqui preciso,
Cada um entregando, bom grado a doação.

sábado, 1 de dezembro de 2007

A DIFÍCIL ARTE DE SEDUZIR

Tudo o que digas hoje por outros será usado
Contra ti se não cumprires com teu chamado
Ao que acabaste de dizer, com tal convicção,
Que fez co que aos demais achassem razão.

Passarmos uma ideia pode ser fardo pesado,
Se não temos as pessoas bem a nosso lado,
Escutando e acreditando o que é do coração
Crendo veemente na nossa imparcial doação.

Mas se tu és convincente em tudo o que falas,
Se não omites dos outros, as tuas coerências,
E és verdadeiro, humilde, sério e jamais calas,

O que é teu e passas adiante sendo relevante,
De ninguém escutarás vilmente tuas carências
Pois acabaste de te mostrar deveras elegante.

GLORIFICACIÓN

Alcanzar la gloria requiere de nosotros esfuerzo,
Compromiso de todo y cualquier mozo,
Que no se entrega, a vis las vicisitudes,
Buscando bien dentro de si sus virtudes.

Es una lucha permanente con sutil endoso
A si mismo, nunca mirando el profundo pozo
Que lo llama para al cobarde resistencia
Que es pérdida de tiempo la recta insistencia.

Mas, como cualquier luchador, el persiste,
En aquello que cree y le trae sabiduría
Es entonces por todo eso que el no desiste.

Y grave se muestra en sus intentos leales
Entregándose, cuerpo y alma, noche y día,
Al que se propone, en los minutos mas fatales.

LIBERTAD… PALABRA VANA

En este mundo insano, esperase que la libertad
Tome en manos las riendas sueltas sin ansiedad
Con toda la determinación capaz aqui de registrar
Para que una nueva condición, podamos conmemorar.

Nada será hecho de ánimo leve mas con humildad,
Refrendando nuestras venturas nuestra gran enemistad
Por lo que nunca fue nuestro intentando entonces usurpar
A los otros todas las pretensiones nuestras sin luchar.

La libertad de uno está allí donde comienza la del otro,
De respeto está hecha, cambiando ideas y nuevos ideales,
Si así no nos comportamos todo estará ya muerto.

Jogar fora toda la insignificancia, asaz mesquindad
Que mas no hace que para todos parezcamos irreales
Porque la cobija es la madrasta de toda la insensatez.

sexta-feira, 30 de novembro de 2007

ASÍ ES LA VIDA

Cuan triste se hace, la partida de un amigo,
Dejándonos solos y sin cualquier abrigo,
Que no la dulce añoranza de esa querida
Persona, que apenas partió para esta vida.

Pues esa continúa sin grandes aflicciones,
Unas veces quitando, otras dando lecciones,
Pero nada conforma aquello que perdemos
Que por la estima dedicada ahora sufrimos.

Y esto no es hado o destino pero si realidad,
Así como nacemos también morimos,
Nada hay que pueda huír a esta vil verdad.

Sepamos entonces preservar a quien amamos,
y tener siempre presente lo mucho que debemos,
A todos aquellos que en la vida bien cuidamos.

GLORIFICAÇÃO

Alcançar a glória requer de nós esforço,
Compromisso de todo e qualquer moço,
Que não se entrega, às vis vicissitudes,
Buscando bem dentro de si suas virtudes.

É uma luta permanente co subtil endosso
A si mesmo, nunca olhando o fundo poço
Que o chama para a cobarde desistência
Que é perda de tempo a recta insistência.

Mas, como qualquer lutador, ele persiste,
Naquilo que acredita e traz-lhe sabedoria
É então por tudo isso que ele não desiste.

E grave se mostra nos seus intentos leais
Entregando-se, corpo e alma, noite e dia,
Ao que se propôs, nos minutos mais fatais.

LIBERDADE… PALAVRA VÃ

Neste mundo insano, esperasse que a liberdade
Tome em mãos as rédeas soltas sem ansiedade
Co toda a determinação que apraz aqui registrar
Para que nova condição, possamos comemorar.

Nada será feito de ânimo leve mas co humildade,
Refreando nossas venturas nossa gran inimizade
Pelo que nunca foi nosso tentando então usurpar
Aos outros todas as nossas pretensões sem lutar.

A liberdade de um está aí onde começa a do outro,
De respeito é feita, trocando ideias e novos ideais,
Se assim não nos comportamos tudo será já morto.

Jogar fora toda a insignificância, assaz mesquinhez
Que mais não faz que para todos pareçamos irreais
Porque a cobiça é a madrasta de toda a insensatez.