Tudo me estranha nesta vida, corrupção,
Ganância, inveja, vil soberba descarada,
Esquecendo por completo a humanização,
Da pessoa que não esconde e dá a cara.
Embora a guerra traga consigo a solidão,
As pessoas, enfim, não vêem mais nada,
Tal é a constante, mui sofrida sofreguidão
Com que se entregam à fútil e vil estrada.
Tudo isto por religião, deveras mal gerida,
Cada qual com sua razão perdendo juízo,
À medida que a virtuosa Terra é destruída.
Foices e martelos, arados singrando chão,
É só isto e apenas isto que é aqui preciso,
Cada um entregando, bom grado a doação.
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