E caindo em si, disse: Quando jornaleiros
de meu pai têm abundância de pão , e eu
aqui pereço de fome!" - Lucas 15:17
Examinando-se a figura do filho pródigo, toda gente idealiza um homem rico, dissipando possibilidades materiais nos festins do mundo. O quadro, todavia, deve ser ampliado, abrangendo modalidades diferentes. Os filhos pródigos não respiram somente onde se encontra o dinheiro em abundância. Acomodam-se em todos os campos da atividade humana, resvalando de posições diversas. Grandes cientistas da Terra são perdulários da inteligência, destilando venenos intelectuais, indignos das
concessões de que foram aquinhoados. Artistas preciosos gastam, por vezes, inutilmente, a imaginação e a sensibilidade, através de aventura mesquinha, caindo, afinal, nos desvãos do relaxamento e do crime. Em toda parte, vemos os dissipadores de bens, de saber, de tempo, de saúde,
de oportunidade...
São eles que, contemplando os corações simples e humildes, em marcha para Deus, possuídos de verdadeira confiança,
Experimentam a enorme angústia de inutilidade e, distantes da paz íntima, exclamam desalentados:
"Quantos trabalhadores pequeninos guardam o pão da tranqüilidade, enquanto a fome de paz me tortura o espírito!"
O mundo permanece repleto de filhos pródigos e, de hora a hora,
milhares de vozes proferem aflitivas exclamações iguais a esta.
quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008
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