A maior e mais profunda das solidões é aquela que
experimentamos no bulício de uma sociedade cujos sentimentos são opostos aos nossos, cujo ideal é o reverso daquele a que nossa alma aspira.
Nesse meio, nosso coração vibra no vácuo: seus acordes, não encontrando repercussão, morrem sem produzir eco.
As vibrações de nossa alma necessitam de correspondência, sem o que, a vida abafa, se asfixia num oceano de angústias. E, quando assim sucede neste mundo, é mister que busquemos, no outro, aquilo de que a nossa alma precisa. Cumpre, então, fazer vibrar com mais força as cordas de nossos sentimentos, até que logrem transpor as barreiras do além.
Estabelece-se assim a comunhão com os seres imortais cujo
convívio virá quebrar o silêncio da tétrica solidão da alma. Nosso ser ressurge, então, alegre e redivivo para a aurora de uma nova vida.
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