Ninguém se queixe inutilmente.
A dor é processo.
A perfeição é fim.
Assim sendo, caminheiros da evolução ou da redenção têm, cada qual, a sua cruz.
Esse almeja, aquele deve.
E para realizar ou ressarcir, a vida pede preço.
Ninguém conquista algo, sem esforçar-se de algum modo; e ninguém resgata esse ou aquele débito, sem sofrimento.
Enquanto a criatura não adquire consciência da própria responsabilidade, movimenta-se no mundo à feição de semi-radical, amontoando problemas sobre a própria cabeça.
Entretanto, acordando para a necessidade de paz consigo mesmo, descobre de imediato a cruz que lhe cabe ao próprio burilamento.
Encarnados e desencarnados, jungidos à Terra, vinculam-se todos ao mesmo impositivo de progresso e resgate.
No círculo carnal, a cruz é a dificuldade orgânica, o degrau social, o parente infeliz…
No plano espiritual, é a vergonha do defeito íntimo não vencido, a expiação da culpa, o débito não pago…
Tenhamos, pois, a coragem precisa de seguir o Senhor em nosso andeio de ressurreição e vitória.
Para isso, porém, não nos esqueçamos de que será preciso olvidar o egoísmo enquistante e tomar nossa cruz.
segunda-feira, 3 de março de 2008
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