A violência nos cerca por todos os lados. As notícias veiculadas pela mídia são assustadoras, retratando uma visão de destruição e revolta que explode em todo o planeta. Nem a Olimpíada, com sua missão de congraçamento entre todos os povos, ignorando as diferenças culturais, unindo a humanidade em torno de uma atividade esportiva, está conseguindo ficar fora deste círculo de fogo que ameaça incendiar a Terra. Há um clima pesado nos envolvendo e precisamos nos aperceber dele, meditar sobre o que representa nas nossas vidas, para que não sejamos tragados e modificados por ele, de tal forma, que nos tornemos, também, parte desta comoção desumana e fratricida.
Com as notícias na morte de Isabella, uma menina de apenas 5 anos, da forma violenta como aconteceu, todos no Brasil ficamos comovidos e nos sentindo violentados, sem compreender como será possível que até o amor de pais possa estar sendo infiltrado por esta onde perversa de violência, a ponto de causar uma tragédia tão hedionda e para nós, que somos pais e mães, inexplicável.
Será que tudo isto não nos levaria a avaliar o quanto cada um de nós precisa se precaver, pela prece, de momentos terríveis como este, onde, numa fração de segundos, se destrói a vida e a paz de tantos?
Nós que nos reconhecemos espiritualistas, mesmo professando diferentes crenças, sabemos que vivemos envolvidos por outras dimensões de matéria, que nos influenciam para o bem e para o mal, a depender de nossos pensamentos, de nossas atitudes, do que vibramos. A sintonia quem faz é cada um; é de livre escolha. Se não procurarmos nos melhorar, através do autoconhecimento e de um esforço grande para nos transformarmos, não tiraremos os pés da lama que nos prende aos erros de um passado que não lembramos, mas que faz parte de nós.
O mundo espiritual iluminado nos protege, a todo instante, se lhe permitimos. Mas o mundo espiritual negativo está sempre à espreita, buscando uma pequena brecha de impaciência, de orgulho, de ciúme, de revolta, de maledicência, de mágoa cultivada, de falta de controle, para se aproximar de nós e potencializar, com suas vibrações malignas, as nossas tendências negativas. Estas são sementes podres, doentias, que precisam ser rapidamente retiradas do jardim de nossas almas, ou estaremos dando guarida a inimigos que, partindo de dentro de nós mesmos, podem nos dominar e nos levar a cometer atrocidades inimagináveis, para as quais não teremos conserto, depois de cometidas.
É difícil a gente orar pelos que erram, principalmente quando estamos comovidos e abalados por fatos como este que estamos acompanhando esses dias. Mas, pensando na fragilidade da natureza humana, será que não cabia a cada um de nós fazer uma reflexão sobre a passagem em que Jesus se viu diante de uma mulher adúltera sendo apedrejada e pediu aos presentes que atirasse a primeira pedra quem não tivesse nada de que se censurar? De mansinho, em silêncio, cada um foi se afastando do local, deixando-o a sós com aquela mulher, a quem o Mestre disse que procurasse não mais errar, dali pra frente.
Sim, todos somos passíveis de erro e a misericórdia para com irmãos que erram é uma prova de humildade diante do pouco que somos e do muito que ainda pretendemos e precisamos ser!
Orar pelos que erram é também granjear misericórdia para nossas próprias fraquezas, que nos espreitam a todo instante, podendo nos levar a cometer erros pelos quais teremos que despender muito esforço, para corrigi-los.
Que Deus tenha misericórdia de toda a raça humana, pois a todo momento temos a prova de quanto ainda precisamos crescer – não esquecendo jamais de que SOMOS TODOS UM!
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