A maneira da árvore que se te ergue à vista sobre raízes
ocultas, equilibra-se-te a existência temporária na Terra sobre
afeições invisíveis.
São quase todas elas tecidas nos laços que deixaste à
distância, antes do berço de que procedes, na luta renovadora em que
agora estagias.
Lembra-te de que o aprendizado de hoje é sagrado tentame para
que te desvencilhes de tudo o que foi, em teus passos, ilusão e sombra
de ontem.
Não olvides também de que se avanças para a frente de luz, ao
influxo dos afetos superiores que te estendem braços amigos das
regiões elevadas, és constrangido igualmente a suportar a influência
da retaguarda de sombras, por todas as afeições subalternas com as
quais partilhaste os infelizes enganos da obsessão e da delinquência.
Não te confies a quantos se te ofereçam nas trilhas do Mais
Além, para a solução de interesses inferiores.
Muitas vezes, o obséquio gratuito das entidades menos
esclarecidas que te induzem à preguiça ou a vantagens imediatas, em
prejuízo do próximo, será, mais tarde, pesada reparação, quando a
liberação do corpo físico te aclare a força do entendimento.
Recorda que é sempre fácil partilhar os sonhos e aspirações
daqueles que se igualam a nós na senda evolutiva ou que palmilham mais
baixo degrau que o nosso, à luz do conhecimento, e aprende a ciência
difícil de conviver com os instrutores que, por amigos sábios e
generosos de nosso próprio futuro, nos impõem a disciplina do trabalho
e do sacrifício, da humildade e da renúncia na construção da
felicidade dos outros, porque somente com eles e por eles, desveladas
sentinelas de nosso aperfeiçoamento, conseguiremos entesourar com o
Cristo e dentro de nós mesmos, as riquezas do eterno amor e do excelso
merecimento para a divina ascensão.
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