domingo, 21 de novembro de 2010

Alegria

Não olvides que o mundo é um palácio de alegria onde a Bondade do Senhor
se expressa jubilosa.
O sol desce sobre o pântano em sublime exaltação de luz...
A flor endereça ao firmamento permanente mensagem de perfume...
O vento que toca a essência das árvores é um cântico de ninar...
A fonte corre sobre a areia e desliza sobre o pedregulho com a serenidade de
que exerce um divino mandato; a semente vence a sombra da cova fria,
convertendo-se em lavoura de esperança; e a espiga madura sofre
o processo de trituração com a digna humildade de quem se vê
feliz no enriquecimento da mesa...
Não te esqueças, assim, de que a alegria é o nosso dever primordial,
no desempenho de todos os deveres que a vida nos assinala.
Se trabalhas, sê contente na obrigação que te engrandece e renova, para que
o estímulo reine em torno de teus passos; se repousas, que o teu pensamento
vibre a felicidade da alma fiel ao bem, para que a tua atmosfera
mental seja ninho de bênçãos.
Se sofres, sê otimista com a esperança; se lutas, não percas a lâmpada
milagrosa da fé viva que te clareia a senda para a vanguarda da luz!
Se falham teus sonhos de estabilidade na Terra, usa a paciência
construtiva que te reserva bênçãos maiores do amanhã que desconheces;
se tudo é desequilíbrio e flagelação ao teu lado, sê feliz coma tua
esperança a irradiar-se em orações silenciosas de compreensão e de amor.
Deus legou-nos a alegria por divina herança no mundo.

Trabalha, procurando-a e, hoje mesmo, o nevoeiro da amargura dissipar-se-á
em teu caminho, porque pela graça do serviço de nossos semelhantes,
a alegria nascerá dentro de nós mesmos, transformando-se em estrela divina
a fulgurar imorredoura em nosso próprio coração.

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