sábado, 12 de janeiro de 2008

PRA VOCÊ MENINO

Escrevo esse poema pra você menino.
Na verdade nunca escrevi nada para um alguém,
Mas na minha caixa de correios
Encontrei mais um envelope branco
Sem remetente que apenas estava escrito,
De um admirador.
É óbvio que sei quem você é.
Só falta me devorar com os olhos
Quando passo por diante de você.
Com esse poema teu que acabo de ler,
E que me leva a réplica,
Já conto dezoito.
Admiro sua coragem,
Você é persistente.

Não sei bem como começar,
Você só tem dezesseis anos
Eu já balzáquea com trinta e sete.
E agora pequeno: como farei para fazer você
Entender que sou uma adulta
E você ainda tão jovem querendo um envolvimento?
Fica embaraçoso pra mim,
Mas você demonstra bem o que quer comigo
E me deixa perdida, confusa, acanhada.
Gosto de como você escreve
Fico fascinada da forma que você me descreve.
Nem meu marido,
Expressa tanto amor, desejo, interesse por mim
Assim como você,
Um menino que se porta como um homem feito.

Eu acho que estou tentando poetizar
Já pus em pequenas frases,
Que nunca escrevi a um alguém,
Mas você merece atenção pela sua audácia.
Garoto corajoso e audacioso.

O que estou escrevendo
Vou te entregar em mãos.
Não darei uma palavra
Seguirei meu caminho e depois,
Assim que acabar de ler,
Quero ver mesmo,
Se você é corajoso como demonstra!
Quero ver até onde vai essa tua audácia!

Você escreveu que sou a deusa de teus sonhos,
Escreveu que sou sua fantasia
Quando se acaba ao tomar banho.
Olhe bem;
Você ainda é um menino
E eu, sou uma mulher adulta
Disposta ser tua adultera mulher
E farei de você
Meu pequeno jovem amante.

Você se diz poeta
Se acaso um dia vier editar um livro,
- Espero que alcances esse objetivo -
Não se esqueça de mim,
Publique esse meu poema
Que em resposta ao seu décimo oitavo corajoso poema
Te aceito como meu jovem amante.
Te cuida menino
Só não pode é dar bandeira.
Domingo nos encontramos
E nos conheceremos melhor na praia.
Vá até meu encontro
Onde sempre observo você me devorando com os olhos.
Ei poetinha doidinho,
Até que gostei de escrever tá.

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