Não te detenhas.
Torna à presença do companheiro que te feriu e perdoa, ajudando-o a
recuperar-se.
Reflete e ampara-o.
Quantas dores e quantas perturbações lhe vergastaram a alma,
antes que a palavra dele se erguesse
para ofender-te ou antes que o braço se lhe armasse
pela incompreensão e desferisse contra o golpe deprimente?
Guarda a calma e auxilia sem cessar.
Mais tarde, é possível que não possas, por tua vez, suportar o assalto da
ira e reclamarás igualmente o bálsamo da alheia compreensão.
Retorna ao lar ou à luta que talvez hajas deixado, e espalha, de novo, a
bênção do amor com todos os corações que jazem envenenados pelo fel da crueldade ou pela peçonha da calúnia.
Não hesites, porém.
Perdoa agora, enquanto a oportunidade da reaproximação te favorece os bons desejos porque, provavelmente, amanhã, o ensejo luminoso terá passado e não encontrarás, ao redor de ti, senão a cinza do arrependimento e o choro amargo de improdutiva lamentação.
quarta-feira, 27 de agosto de 2008
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