sexta-feira, 7 de novembro de 2008

BASTAR-NOS-Á.

Quanto mais conheces, mais te
vês. E quanto mais nos vemos, com
mais amplitude conseguimos enxergar
os outros.
Se já alcançaste semelhantes
áreas de discernimento, considera as
incompreensões das quais te
reconheças objeto, através das lentes
interiores que te conferem mais alta
visão espiritual.
Diante de alguém que,
porventura, te fira, recorda as provas
que atravessaste, os empeços vencidos,
as ilusões superadas e amarguras
que já entregaste ao arquivo da
memória, com a recomendação de paz
e esquecimento.
Assim, agindo, observarás nos
companheiros que acaso te injuriem
corações doentes ou imaturos, que é
preciso tolerar, a fim de que não te
emaranhes no labirinto das aflições
inúteis.
Perante quaisquer ofensas, usa a
misericórdia na embalagem do silêncio
e atrairás a luz para que todas as
sombras sejam dissolvidas.
Esse te malsina os gestos de
bondade , aquele te empresta a autoria
de faltas que desconheces, outro te
expõe os enganos de outro tempo ao
desrespeito público e outro ainda te
apedreja sem razão.
Por nada te queixes.
Pelo metro de nossas próprias
lutas de retaguarda, ser-nos-á possível
estender a compaixão sem limites
sobre quaisquer farpas que se nos lance
em caminho, seguindo sempre.
Não te lastimes, nem condenes.
Cala-te, abençoa e auxilia sempre
para o bem de todos.
Para corrigir-nos ou reajustar-nos
ante os princípios da verdade e do
amor, bastar-nos-á viver.
Ampara aos que se acham perseguidos
pela ignorância ou pela
crueldade.
*
Segue plantando Paz e semeando
alegria.

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