sábado, 11 de abril de 2009

POEIRA

“E afastando-vos da casa que não vos receba a mensagem de paz, sacudi o pó das sandálias” – advertiu-nos o Divino Mestre.

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Muita gente acredita que o Senhor teria sugerido a reprovação aos que Lhe não acolhessem a Boa Nova ou o menosprezo de quantos Lhe recusassem, deliberadamente, os ensinos.

Entretanto, Jesus referia-se simplesmente ao pó que costumamos guardar conosco, depois de qualquer experiência difícil.

Poeira de ciúme e tristeza, desencanto e lamentação...

Poeira de inveja e vaidade, azedume e orgulho ferido...

Se te fazes portador da luz aos que jazem na treva, não condenes aquele que não possa se iluminar de improviso e não conduzes o amor a quem se desvaira no ódio, não lhe critiques a tardia compreensão, porque as vítimas de semelhantes verdugos quase sempre se imobilizam por tempo longo, em desesperação e cegueira.

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Onde não consigas ajudar faze silêncio, esperando a bênção das horas.

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Não atires lenha à fogueira da ignorância, nem agraves a desolação da água turva.

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Não vale apedrejar e criticar, desconsiderar ou ferir.

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Colecionar mágoas e queixas, é derramar lama e fel.

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Seja onde for e com quem for, conserva entendimento e esperança, otimismo e serenidade.

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Alijemos da base de nossa vida a poeira da rebeldia e do escândalo, do azedume e da discórdia e saberemos transmitir o Amor Eterno do Cristo que até hoje nos tolerou as deficiências, para que saibamos suportar as dificuldades dos outros, realizando a plantação da verdadeira alegria.

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