Já se passaram 50 dias desde que celebramos a Festa da Ressurreição. Para o cristão estes 50 dias devem ser cada ano um tempo de alegria, um tempo que vivemos intensamente a grande verdade: somos salvos pela entrega de Jesus. Este tempo se fecha com a festa de Pentecostes.
Na primeira leitura deste domingo escutamos dos Atos dos Apóstolos como o Espírito Santo vem sobre a pequena comunidade reunida numa sala fechada - eles estavam cheios de medo. Acompanhamos as transformações que acontecem nestes tímidos amigos de Jesus e admiramos depois as consequências da presença do Espírito neles.
Mas primeiro quero recordar que esta festa era, como a Páscoa, uma festa judaica. O povo de Israel celebrava neste dia que Deus fez uma aliança no monte Sinai. A descrição da vinda do Espírito lembra o acontecimento do monte Sinai: Deus aparece nos raios e trovões e na tempestade. No Sinai se firma a Aliança entre Deus e o povo de Israel, o pove escolhido, que tem como missão muito especial esperar o Messias e preparar sua vinda.
Também em Jerusalém vemos línguas de fogo: o vento enche a casa. Mas é tudo muito manso. Não é um povo numeroso, mas um pequeno grupo de gente tímida. O importante é que esta gente se deixa transformar pelo Espírito de Deus. Sua missão é, como vamos escutar no Evangelho, continuar a obra de Jesus. Ele disse a seus amigos, e o diz a nós também: Eu envio vocês. É um novo povo de Deus, agora não formado por um nacionalidade, mas pos toda a humanidade. Quem recebe o Espírito que Jesus nos enviou tem o dever de anunciar sua Boa Nova.
Se em Babel os homens não se entenderam mais, era porque queriam chegar com sua obra até o céu; com a vinda do Espírito muda-se a situação: todos se entendem. É a língua do amor. O Espírito não abre apenas as portas de uma sala, mas os corações daqueles que se trancam no egoísmo e no individualismo.
O Espírito nos dá muitos dons. Paulo nos fala na segunda leitura. Sua pergunta é: Como reconhecer a autenticidade de um carisma, como saber se um dom vem de Deus?. Ele diz que o verdadeiro dom do Espírito fortifica nossa fé em Cristo e deve sempre servir ao bem comum e à unidade da comunidade.
Num mundo que por um lado é uma grande aldeia onde todos recebem as notícias de todo lado, mas que por outro lado é dominado por múltiplos medos – num mundo que a comunicação é sumamente importante e muito fácil e por outro lado muitas vezes não nos entendemos: nas famílias, nas comunidades, nos grupos sociais.
Precisamos a presença e a força do Espírito que nos ajude a acunciar a Boa Nova do Amor de Deus.
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