No torvelinho das preocupações em torno dos familiares queridos,
pausemos, de algum modo, para enxergá-los, não com os olhos da afeição
possessiva, e sim na posição de criaturas de Deus, como são, tanto
quanto nós.
*
Queríamos talvez que eles cressem pelos nossos padrões; no entanto,
possuem caminhos outros pelos quais chegarão às mesmas fontes da fé em
que se nos apóia a existência.
*
Desejávamos pensassem pelas idéias que nos orientam a estrada, mas
trazem consigo vocações e tendências, ideal e visão muito diversos
daqueles que nos caracterizam a marcha.
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Aspirávamos a tê-los no mesmo trabalho que mais se nos adapta à
maneira de ser; todavia, nem sempre se destinam a fazer aquilo que nos
compete realizar.
*
Anelávamos situá-los nos figurinos de felicidade que nos parecem mais
justos e aconselháveis; entretanto, permanecem guiados pelo Governo da
Vida para outros tipos de felicidade que ainda não chegamos a conhecer.
*
Às vezes, não nos conformamos ao vê-los sofridos ou inquietos, porém,
é forçoso considerar que, como nos ocorre, estarão carregando débitos
e compromissos que, nem nós e nem eles, resgataremos sem dificuldade
ou sem dor.
*
Por tudo isso, aprendamos a observar nos entes amados criaturas
independentes de nós, orientadas freqüentemente, noutros rumos e
matriculadas em outras classes, na escola da experiência.
E, acima de tudo, reconhecendo quão importante se faz a liberdade para
o desempenho das obrigações que nos foram assinaladas, saibamos
respeitar neles a liberdade que igualmente desfrutamos, perante as
Leis do Universo, a fim de crescerem e se aperfeiçoarem na condição de
livres filhos de Deus.
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