terça-feira, 25 de maio de 2010

SERENIDADE E PACIÊNCIA

No sentido de preservar a própria paz, é indispensável nos disponhamos a
manter criteriosa atenção sobre nós mesmos.
O conflito de resultados inavaliáveis pode surgir da explosão de sentimentos
descontrolados; entretanto, não se obtém a paz sem esforço.

Quem acredite no imaginário valor da desinibição despropositada, no intuito
de garantir o equilíbrio próprio, observe a força elétrica desorientada ou o
trânsito sem disciplina.

Ninguém possui uma serenidade que não construiu.
Daí, o impositivo da vigilância em nós próprios.
Não se trata de prevenção contra ninguém e sim de auto-governo.

Para semelhante realização, ser-nos-á justo enfileirar certas obrigações
primordiais que se nos mostram por alicerces da consciência tranqüila.

Compreendamos que somos colocados, uns à frente dos outros, a fim de
aperfeiçoar-nos.
Abracemos as iniciativas de concórdia sem esperar que determinadas pessoas
venham a promovê-las.

Pelos erros alheios que claramente nos preocupem, examinemos os nossos com a
sincera resolução de corrigi-los.

Não nos aborreçamos com o trabalho que a vida nos confia, de vez que,
através dele, é que atingiremos a promoção justa na escala de valores da
vida.

Nunca nos esqueçamos de que a eficiência não se harmoniza com a pressa, mas
não se fará vista sem apoio da diligência.

Convém lembrar que os nossos ouvidos podem ser transformados em extintores
do mal, todas as vezes em que o mal nos procure.

Aceitemos a realidade de que o próximo não tem a nossa formação e saibamos
respeitar cada criatura na posição em que se encontre.

Em suma, a serenidade não é uma aquisição espiritual que se faça em toque de
mágica e sim, através do trabalho, muitas vezes, duro e áspero da paciência
em ação.

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